segunda-feira, 13 de maio de 2019

Sobre as compras de alimentos da Prefeitura de Mangaratiba

Recebi hoje um convite para conhecer uma nova página "Tamoios de Mangarás", criada por um amigo, sendo que o primeiro texto postado, que faz menção às compras institucionais da Prefeitura relacionadas à merenda, me chamou a atenção sobre a importância de que os nossos agricultores (e por que não os pescadores também) possam ser priorizados nessas contratações institucionais da Secretaria Municipal de Educação e outras pastas. Segue o artigo:


Da página "Tamoios de Mangarás"

Mangaratiba possui além de suas belas praias e ilhas paradisíacas, uma área verde de mata atlântica com vários pontos históricos que remetem à época do Brasil Império e cachoeiras lindíssimas. Uma união tão perfeita que acarreta em um município com potencial turístico gigantesco, haja vista opções variadas de lazer podendo atrair públicos praianos ou serranos. Quando me refiro a serrano, faço alusão à riquíssima e produtiva SERRA DO PILOTO, que liga Rio Claro a Mangaratiba e é considerado pelo IPHAN patrimônio histórico cultural por se tratar de uma estrada real. Um lugar de extrema beleza e encantos. Quem conhece a região sabe que além das belezas naturais, a Serra do piloto possui uma cooperativa voltada para os agricultores que fazem dos seus plantios de frutas e legumes uma importante fonte de renda. É uma região agrícola, que além da agricultura, também produz laticínios derivados do leite bovino.

No entanto, não há qualquer ingerência do executivo em incentivar os agricultores a produzir e tampouco ofertar facilidades para escoar a colheita. A prefeitura deveria se fazer presente estimulando a produção com a finalidade de alavancar a economia local fazendo com que os agricultores da Serra do piloto possam escoar suas colheitas em feiras contínuas no município e até mesmo comprando toda produção para abastecer setores específicos. Garantir aos agricultores a oportunidade de ter um espaço físico no município para vender dignamente suas mercadorias ou valorizar a mão de obra destes munícipes sofridos comprando via ato licitatório toda produção por meio da cooperativa que lá existe. Isso geraria um menor dispêndio na logística e um custo baixo na aquisição, sem falar na importantíssima valoração da mão de obra local.

Olhando por este lado, o bom gestor prioriza e enaltece primeiro o que o município tem a oferecer, pois, somente assim, conseguirá reduzir gastos, estimular a criação de empregos e quiçá criar uma geração de empreendedores que acarretará em maior arrecadação de receitas fiscais para o município.

Outrossim, quando há a chancela de empreendedor rural, o pequeno agricultor poderá abastecer os comércios locais e dos municípios vizinhos emitindo notas fiscais descontando impostos que geram receitas para prefeitura. Haverá uma engrenagem de ajuda mútua, a prefeitura incentiva, o agricultor produz, vende sua mercadoria e o município recebe receita tributária. Quem ganha com isso? A sociedade em geral.

Agora, quando olhamos espantosamente licitações nas quais a mão de obra local capacitada é claramente desprezada para dar espaço para empresas distantes e de difícil logística, conseguimos mensurar o quanto o gestor não é comprometido com o desenvolvimento econômico do município e precipuamente responsável com o gasto ordeiro do dinheiro público.

OBS: Artigo e imagem obtidos através da página Tamoios de Mangarás, conforme consta em https://www.facebook.com/359697818231081/photos/a.359703281563868/359703248230538/?type=3&theater

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