Durante o feriadão de 20/11, tirei um tempinho no sábado para conhecer Itacurubitiba. Já havia passado antes ali indo pela Rio-Santos rumo a Conceição do Jacareí e Angra dos Reis, porém nunca parado para explorar o lugar até então.
Confesso que achei a praia pequena pois esperava que fosse mais extensa. No entanto, notei algo um tanto interessante que é a vegetação nativa envolvendo os arredores do balneário entre a rodovia e o mar, o que seria o charme da localidade. Observei ainda algumas casas no trajeto e encontrei várias pessoas acampando no mato.
Não tenho nada contra turistas fazerem camping na floresta desde que tudo corra ordeiramente, respeitando a natureza e os direitos dos outros de desfrutarem do mesmo espaço compartilhado. Só que, quando um local passa a atrair grande procura, torna-se necessário organizar melhor o acesso, a limpeza, a segurança e o uso, bem como estabelecer um número máximo de frequentadores por vez quanto à visitação e hospedagem.
Considerando a tendência da atual gestão municipal em criar novas unidades de conservação, a exemplo da APA Marinha do Boto Cinza (ler o artigo Criação da APA do Boto Cinza, de 21/09), penso que seria oportuno termos também em Mangaratiba pequenos parques ambientais. O objetivo seria proteger da especulação imobiliária e do turismo predatório determinadas áreas naturais já utilizadas para fins de lazer dando mais qualidade ao território do município.
De acordo com a legislação federal, os parques ecológicos constituem uma modalidade de unidade de conservação da natureza de proteção integral em que se permite a visitação pública e a prática de atividades recreativas. Estas devem se tornar compatíveis com a realização de pesquisas e a preservação de ecossistemas nativos através de um plano de manejo adequado capaz de incluir ainda trabalhos educacionais.
Além de Itacurubitiba, há outros lugares dentro de Mangaratiba em condições de virar parques municipais, quer seja no continente como nas ilhas, nas praias ou nas montanhas. Tais áreas não precisam ser muito extensas já que estamos a falar de algo que é de posse e de domínio públicos. Por isso, bastariam alguns hectares desapropriados onde a Prefeitura construiria em cada uma dessas unidades suas respectivas sedes administrativas, portarias, centros de visitantes, banheiros, locais para acampamento regrado (hospedagem sempre condicionada a uma prévia reserva e cobrança de valores), estacionamentos de veículos e definiria as trilhas para caminhada pela mata.
Agindo assim, acredito que vamos estar preparando a nossa cidade para se tornar a futura Meca dos ecoturistas no estado do Rio de Janeiro, sendo certo que temos bem perto de nós o público alvo - a população urbana da região metropolitana. E, no meio de uma natureza tão exuberante, havendo hoje cada vez mais procura por roteiros ecológicos alternativos, entendo que estaríamos na hora e lugar certo para tirarmos o devido proveito dessa grande oportunidade sustentavelmente. E então? Vamos abraçá-la?!
OBS: Ilustração acima extraída do portal Panoramio conforme consta em http://www.panoramio.com/photo/16620832
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