domingo, 30 de setembro de 2018

Propostas de Alan Bombeiro para agricultura, pesca e aquicultura



Olá, meus amigos.

Um dos temas que considero bem interessantes no Plano de Governo do Alan, candidato a prefeito nas eleições suplementares do Município, diz respeito às atividades de agricultura, pesca e aquicultura.

Embora Mangaratiba, assim como quase todos os municípios litorâneos do país, tenha afastado-se de sua vocação rural, não podemos ignorar esse incrível potencial produtivo que temos em nosso território (e também no mar), mas que, infelizmente, encontra-se subaproveitado.

É certo que não faremos no Município uma produção agrícola em larga escala. Porém, podemos pensar em algo feito com qualidade, dentro de padrões ecológicos, integrado ao meio ambiente, com alto valor agregado e voltado para um público selecionado de consumidores. Senão vejamos o que diz cada proposta do tema em comento:

"12.1. Prestar orientações técnicas aos produtores rurais sobre o quê, quando, quanto, e onde plantar ou criar, visando aumentar a produtividade e lucratividade.

12.2. Criar canais de comercialização adequados aos produtores rurais, pescadores e aquicultores.

12.3. Criação do Plano Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (PMDRS) com uma comissão de representantes de vários setores agrícolas e pesqueiros para a elaboração do mesmo que depois se tornará uma ferramenta de fundamental importância na implementação de políticas públicas voltadas para os dois setores com prioridade nos produtores e pescadores familiares.

12.4. Melhoria da telefonia nas regiões rurais.

12.5. Fomentar cooperativas de pequenos produtores rurais, pescadores e aquicultores.

12.6. Promover o cultivo de alimentos sem agrotóxicos entre os produtores rurais através de compras institucionais da merenda escolar, a qual poderá contemplar também produtos da pesca e da aquicultura.

12.7. Reconhecer os proprietários dos imóveis rurais situados nas cabeceiras dos rios e córregos como "produtores de água" e buscar incentivos econômicos para que auxiliem na prevenção dos mananciais hídricos.

12.8. Incentivar o cultivo de ervas medicinais entre os produtores rurais para abastecer um programa de fitoterapia na rede municipal de saúde."

A princípio de conversa, será necessário disponibilizar ao produtor rural todas as orientações técnicas necessárias para que ele possa migrar do modelo de agropecuária tradicional para um cultivo orgânico de alimentos (item 12.6). Mas para tanto, o item 12.1 é o que vem atender a essa proposta de direcionamento. E, embora ali não conste uma opção pela produção limpa (algo que entendo ser necessário todos decidirem democraticamente), tal atendimento é indispensável já que a maioria dos trabalhadores que tiram o próprio sustento da natureza carecem de um maior apoio técnico.

Todavia, será o Plano Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (item 12.3), elaborado com a participação ampla da sociedade, que poderá estabelecer as políticas de produção limpa nos padrões ecológicos desejáveis. E, neste sentido, deve ser buscada uma harmonia entre o interesse preservacionista dos que defendem o meio ambiente e a sobrevivência das famílias que vivem no campo ou no mar.

Pensando justamente no bem estar desses moradores, a fim de torná-los parceiros do meio ambiente, é que o programa propõe reconhecê-los como "produtores de água" (item 12.7), uma vez que prestam relevantes serviços ambientais ao cuidarem das nossas nascentes, florestas e animais silvestres. Logo, se esses trabalhadores estão deixando de fazer uso do solo por meio da agropecuária, precisam ser justamente remunerados como uma espécie de guardiões do meio ambiente.

A criação de canais de comercialização e o incentivo ao cooperativismo (itens 12.2 e 12.5) devem ser vistos como estratégias para que os agricultores, pescadores e maricultores possam ganhar novos mercados. Daí a importância de todos serem unidos, seguirem um idêntico direcionamento técnico-econômico e estarem preparados para atender ao selecionado público de consumidores que desejamos atingir.

Neste sentido, tanto as feiras quanto os eventos gastronômicos poderão contribuir para que os produtos da região fiquem melhor divulgados. Sem contar que os turistas teriam a oportunidade de degustar os sabores da nossa terra no próprio Município. Daí, se tivermos um mercado do produtor na rodovia BR-101, situado no Ranchito ou no Sahy, tal localização poderá ser ideal para potencializar as vendas.

Com respeito à proposta 12.4, eis que levar a telefonia móvel para todo o Município seria hoje uma grande necessidade. Pois, como se sabe, tanto a Serra do Piloto quanto a região de Batatal necessitam de serviços assim para se desenvolverem. E, apesar das regras legislativas em vigor não obrigarem as operadoras do setor a implantar o sinal na totalidade dos distritos que integram suas respectivas áreas de prestação, eis que pode ser estudada uma parceria do nosso Município com alguma empresas de telecomunicações para que a ideia venha a ser então viabilizada.

Resta tratar ainda do item 12.8, através do qual poderemos criar condições para um futuro programa de fitoterapia na rede municipal de saúde através do cultivo de ervas medicinais na nossa região. Inclusive, esta proposta constou na parte final do item 1.8 do Plano de Governo de quatro anos das eleições de 2016 (clique AQUI para ler) e poderá ser novamente proposto para a área de saúde de uma gestão seguinte, já que o tempo será curto para o desenvolvimento de tantas atividades durante um mandato tampão de um biênio.

AQUICULTURA


Para finalizar, comento sobre a importância da aquicultura para o Município, o que pode se tornar o nosso principal ganho econômico, desde que voltemos a estudar o desenvolvimento de técnicas de cultivo e reprodução de organismos aquáticos tais como peixes, moluscos, algas, crustáceos e até tartarugas. Pois, se bem refletirmos, o litoral sul fluminense pode garantir produtos para o consumo com maior controle e regularidade da região metropolitana do Rio de Janeiro e ainda vender para outras unidades federativas ou até exportarmos.

Obviamente que para chegarmos a esse nível, precisaremos investir em pessoal qualificado, formando futuros tecnólogos em Aquicultura, cujo campo de atuação vai desde a produção até a distribuição dos produtos, passando pelas etapas de abate, processamento e comercialização. E aí penso que não seria um sonho equivocado haver aqui uma faculdade de Aquicultura.

Assim, considerando que a nossa região carece de melhores práticas no beneficiamento de pescado, de mais incentivo e extensão técnica à maricultura, bem como à pesca, eis que a criação de uma faculdade de Aquicultura será de enorme importância para Mangaratiba. Pois, embora já exista o apoio do Núcleo de Pesquisa e Aquicultura Sustentável da UFRRJ e da UERJ, certamente um curso de graduação no Município voltado para a atividade ajudaria em muito no desenvolvimento do Município com reflexos sobre as atividades já existentes ou planejadas.

Não custa lembrar que, no século XX, já tivemos na Marambaia uma escola de pesca, a qual foi criada final da década de 1930, cujo nome homenageava a então primeira dama Darcy Vargas, esposa de Getúlio. A instituição era mantida com os recursos da Fundação Cristo Redentor, pertencente a Levy Miranda (nome da atual escola municipal da ilha). Porém, devido à falta de recursos, no começo dos anos 70, houve o encerramento das suas atividades e o terreno foi reintegrado ao patrimônio da União, vindo a ser retransferido para a Marinha.

Portanto, mais do que nunca, Mangaratiba precisa ser voltar para aquilo que realmente possa desenvolver a nossa região, gerando riquezas com sustentabilidade ambiental. Por isso, é preciso que haja mais investimentos nos estudos e atividades voltados para a Aquicultura e quem sabe temos até uma faculdade num governo posterior.


Para quem desejar conhecer as propostas do Plano de Governo do Alan quanto aos demais temas, sugiro que acessem a íntegra do documento que foi encaminhado à Justiça Eleitoral (clique AQUI para ler).

Tenham todos um excelente domingo!

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