quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Um outro local para os serviços prestados no prédio anexo




Nesta terça (18/02), fui acompanhar uma paciente em sua consulta de psiquiatria no prédio anexo ao Hospital Municipal Victor Souza Breves, embaixo do Conselho Tutelar, no Centro de Mangaratiba, sendo que fiquei perplexo com a falta de espaço dentro e fora do local ao observar a enorme demanda de usuários. Ali são prestados serviços de psiquiatria, psicoterapia, fonoaudiologia e neurologia. Porém, antes mesmo do pré-atendimento com a secretária começar, pessoas ficam se espremendo na estreita calçada também ocupada indevidamente por automóveis estacionados no outro lado da via. Quando abre a porta da recepção, os pacientes do SUS se derretem debaixo desse calor escaldante que tem feito e sem que haja assentos suficientes para todos, ficando o banheiro indisponível com a justificativa de falta d'água.

Devido a isso, penso que um novo local precisa ser procurado pela Prefeitura afim de transferir os serviços hoje prestados no anexo e permitir que os usuários e seus acompanhantes tenham um ambiente de espera mais amplo/confortável. No caso da psiquiatria, da neurologia e da psicologia, por serem atividades integrantes do programa de saúde mental do município, poderiam ser concentrados juntamente com o CAPS - Centro de Atenção Psicossocial. Mesmo que o espaço num mesmo imóvel fique dividido, mas penso que a proximidade seria apropriada inclusive porque muitos pacientes que fazem uso de remédios controlados recebem seus remédios na farmácia do CAPS. Isto porque, quem é atendido pelos psiquiatras e neurologistas do anexo muitas das vezes precisa dirigir-se depois para o CAPS.

Vivemos hoje numa época em que os transtornos psíquicos têm aumentado cada vez mais de modo que se faz necessário prevenir e tratar das pessoas com o mínimo de qualidade. Neste sentido, a Prefeitura dispor de locais adequados e que cooperem com o tratamento do paciente só vai trazer benefícios já que as péssimas condições do prédio anexo têm deixado muitos usuários nervosos pelo fato de ficarem tão espremidos enquanto aguardam o médico. Logo, tendo em vista o atual contexto de reforma do hospital municipal e das unidades básicas de saúde (o prédio do PS de Muriqui já está pronto mas ainda não voltou a funcionar), deve o Poder Público dar uma atenção maior à saúde mental.

Para concluir, compartilho também que sou a favor de haver um CAPS em cada distrito tendo em vista a distribuição geográfica da nossa população e a grande demanda existente. Não se pode submeter os pacientes à descontinuidade de serviços como tem ocorrido durante as obras do posto de Muriqui em que o atendimento dos psicólogos tem ficado indefinidamente suspenso por meses sendo que o período de duração da reforma já extrapolou o dobro do previsto no seu início em maio de 2013. Além do mais, como o ambiente de uma UBS nem sempre contribui para o tratamento do indivíduo com transtorno psíquico, torna-se justificável que a Prefeitura encontre locais mais apropriados para a expansão da rede de saúde mental.

3 comentários:

  1. É a situação está cada vez mais fora de controle. O nosso poder pùblico inexiste. Estamos entregues a própria sorte...

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    1. Prezado Antonio,

      A situação é, sem dúvida, revoltante quando nos colocamos no lugar do paciente, conforme pude experimentar na condição de acompanhante.

      Já no comecinho da tarde, os pacientes, inclusive pessoas idosas, aguardavam a abertura da recepção, espremendo-se numa calçada estreita em frente enquanto motoristas procuravam vagas para estacionar já que o sol batia no lado do anexo. Depois, ficamos espremidos dentro daquele cubículo e tínhamos que usar os banheiros da FMP ou do HMVSB até o médico começar a chamar conforme a prioridade. Uma paciente ficou super nervosa e quase surtou.

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  2. Em tempo!

    Já que estão pensando em reformar o HMVSB, por que não colocar em prática algum projeto para o CAPS e a saúde mental???!!!

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