domingo, 29 de setembro de 2013

As academias do idoso em Mangaratiba



Quando vou de Muriqui para Mangaratiba pelo alto de Ibicuí, vejo o quanto está mal localizada uma das academias da terceira idade (ATI) na rodovia RJ-14, numa área relativamente distante do Centro da cidade, o que obriga os interessados a subirem uma íngreme ladeira até chegarem lá. Um percurso que me parece inapropriado para um público que, como bem sabemos, sofre com maior frequência de problemas reumáticos e de outras limitações quanto à capacidade locomotiva.

O que mais me espanta é que dispomos de espaços ociosos em várias praças do Município, além das praias. Pensar na localização desses pontos de encontro da terceira idade torna-se fundamental para incentivá-los a fazerem exercícios físicos, prática importante para assegurar uma boa qualidade de vida.

Observo que o nosso Município já cuidou melhor dos idosos. Recordo que, há um ano atrás, havia até uma psicóloga atendendo no centro de convivência daqui de Muriqui sendo que, atualmente, o local está sendo prolongadamente usado para os atendimentos de urgência/emergência do SUS enquanto as obras do posto de saúde não são concluídas. Vale ressaltar que, por conta do término dos serviços de psicologia lá, houve pacientes que tiveram seus tratamentos descontinuados precisando aguardar disponibilidade de vagas na rede pública comum afim de reiniciarem a terapia com outro profissional. Um tremendo desrespeito!

Sinto ser necessário a ocupação dos logradouros públicos pelos idosos com aulas gratuitas de educação física dadas por um professor pago pela Prefeitura com ênfase na rotina diária do paciente. As praças, em via de regra, sempre serão mais atrativas do que os ambientes fechados. Principalmente aqui no nosso Município em que o clima tropical litorâneo é propício o ano inteiro nas quatro estações. Assim, sem desmerecer os centros de convivência, considero importante haver mais investimentos públicos nas ATIs tornando-se fundamental a definição de novos espaços abertos mais acessíveis para receber futuras instalações de aparelhos de ginástica e as aulas gratuitas pelas primeiras horas da manhã.

Exercitar-se regularmente é um dos meios mais recomendados de promoção da saúde pois trás resultados positivos para o coração e para os músculos, proporcionando benefícios gerais que têm como consequência a melhora na qualidade de vida consistentes em noites de sono mais agradáveis, na redução do stress, controle do peso, prevenção de diabetes, normalização da pressão arterial e ajudando a criar resistência a doenças como, por exemplo, a osteoporose. Portanto, que nesta próxima terça-feira (01º/10/2013), no dia internacional do idoso, possamos lembrar com mais cuidado das necessidades de quem se encontra numa fase que, futuramente, certamente nos terá.


OBS: Foto extraída do site da Prefeitura de Mogi das Cruzes mostrando uma das ATIs na referida cidade do interior paulista.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Que tal uma ciclovia para a Rio-Santos?



Muito se fala na duplicação da perigosa BR-101. Algumas pessoas dizem que uma das principais causas dos engarrafamentos nos dias de maiores movimentos seriam os túneis estreitos, tal como costuma ocorrer entre Muriqui e Itacuruçá. Já eu considero que a estrada está precisando também é de uma ciclovia - única compensação ambiental capaz de justificar as danosas obras de alargamento da pista.

Tendo em vista a geografia da nossa região, cheia de morros cobertos do verde da Mata Atlântica que acompanha o litoral sul fluminense, não deixa de ser um grande risco duplicar a Rio-Santos. Obras deste tipo acabam provocando inúmeros pontos de instabilidade nos terrenos, além da inevitável supressão da vegetação nativa. Com isso, passamos a ter, nos períodos de chuvas fortes, várias quedas de barreiras sendo que certos deslizamentos de terra podem ser fatais para motoristas e moradores. Logo, há sempre que se fazer as devidas ponderações diante de decisões assim.

Acontece que, quando o progresso supera o interesse conservacionista, tornando-se justificável abrir ou alargar uma rodovia, deve-se ajustá-lo a um padrão mais atual. E, neste sentido, entendo que é preciso contemplar os interesses ecológico e turístico de modo que a Rio-Santos venha a se tornar uma verdadeira estrada-parque, dispondo, inclusive, de uma opção cicloviária.

Não nego que a duplicação da pista atrairia mais turistas para Mangaratiba. Contudo, é o turismo de qualidade que precisamos desenvolver de modo que  todos os municípios da Costa Verde tornem-se mais procurados por visitantes estrangeiros e de outros estados do Brasil. E aí devemos lembrar que uma das tendências dos países de Primeiro Mundo seria permitir que as pessoas viagem pedalando nas suas bicicletas. É o que muitos jovens costumam fazer passeando pela Europa.

Fico inconformado em ver uma região tão bonita como a nossa ter o seu potencial tão mal aproveitado Só o percurso da Rio-Santos já proporciona cenários de grande beleza contemplativa. Sem poluir a nossa atmosfera, o turista poderia conduzir-se com o seu veículo limpo até praias, comunidades e cachoeiras. Atravessaria municípios litorâneos nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, inclusive a nossa tão pouco divulgada Mangaratiba. O tempo de permanência desses visitantes seria maior.

Por outro lado, vejo que nós moradores ganharíamos mais qualidade de vida, tendo uma opção segura, ecológica e saudável de lazer. Isto sem nos esquecermos de que a bicicleta é ainda um meio de locomoção usado por vários trabalhadores e estudantes em suas rotinas diárias dentro de cada distrito de Mangaratiba.

Portanto, tendo em vista a existência de propostas de alargamento da Rio-Santos, torna-se apropriado que seja contemplada a ideia construção de uma boa ciclovia com uma divisória separando-a da pista de rodagem dos automóveis e com a proibição da passagem de motos ou de uso indevido como estacionamento. Assim, a nossa querida BR-101 viraria uma idealizada estrada-parque com o devido respeito ao meio ambiente e se compatibilizando com o melhor aproveitamento turístico regional.


OBS: Foto extraída do site do governo federal em http://www.brasil.gov.br/imagens/noticias/imagens-2011/janeiro/12/dnit-realiza-reforco-na-encosta-da-rodovia-rio-santos/view

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Atendimento da Unimed na nossa região

Eu e minha esposa Núbia somos usuários da Unimed-Rio e lamentamos o fato de não haver um hospital próprio da rede por aqui, entre Mangaratiba e Itaguaí, num padrão que seja semelhante aos de outras unidades do plano. Falo de algo capaz de não somente atender a situações de urgência/emergência como também fazer outros procedimentos médicos a exemplo de partos e cirurgias.

Tenho observado que a cooperativa Unimed Costa Verde já conta com um razoável número de clientes, inclusive de Mangaratiba. Há vários funcionários da Prefeitura que têm este plano cuja cobertura é melhor do que muitos outros por aqui, ainda que eu não a considere totalmente satisfatória porque precisava haver mais médicos em determinadas especialidades. Em Muriqui, por exemplo, desconheço algum consultório ou clínica que atenda pelo referido plano e acho que o mesmo acontece em Itacuruçá também. Parece ainda que nem na área de fisioterapia haveria nos distritos de Mangaratiba, o que obriga a pessoa a viajar ou então a buscar tratamento no SUS mesmo tendo plano.

Nesta sexta (13/09), minha mulher tem uma cirurgia de hérnia de disco que precisará ser feita na Barra da Tijuca, no Rio. Tivemos que pelejar para que aceitassem a internação dela um dia antes já que, devido à precariedade dos transportes públicos, não haverá como chegarmos lá até às seis da manhã saindo de Muriqui na mesma data. Felizmente, a secretária do médico resolveu o problema para nós. Porém, ainda assim, vamos precisar pagar um táxi na nossa volta de modo que os gastos seriam bem menores, se tudo fosse realizado num hospital situado na nossa região.

Minha sugestão é que, nas proximidades da rodovia Rio-Santos, mesmo se for no município vizinho de Itaguaí, seja construído um hospital capaz de atender às principais necessidades dos clientes da operadora. Isto não só daria mais solidez à Unimed Costa Verde, atraindo novos usuários, como também teríamos um conforto e um atendimento melhor.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A limpeza das praias



Vez ou outra, vejo em Muriqui um veículo executando o serviço de limpeza da areia da praia. É o que geralmente ocorre quando se aproximam os feriados e nas épocas de alta temporada. Segundo foi noticiado em 22/05 pelo portal da Prefeitura na internet, foi cogitada a ideia de compra do caminhão Tatuí:

"O secretário da pasta [Secretaria Municipal de Serviços Públicos], Marcos Antonio Santos, o Marquinho da Ilha, diz que o serviço de limpeza é um trabalho de rotina da secretaria e com a chegada do novo maquinário os resultados serão ainda melhores. “Sempre estamos realizando estes serviços, mas com a chegada do “Tatuí” ficará melhor ainda. Nas épocas de ressaca reforçamos a atenção, pois o mar trás muita sujeira. Tudo isso para oferecer ao morador e ao turista um ambiente limpo e bem cuidado para que possam aproveitar seu tempo de lazer com mais qualidade.”, conclui."

De fato, este tipo de cuidado se faz necessário. Mesmo se os frequentadores mantiverem as praias do Município limpas, deve-se considerar que, como destaquei na citação acima, o próprio oceano trás para a orla material orgânico. Entretanto, as coisas ficariam bem mais fáceis caso houvesse também um sistemático trabalho de conscientização e de fiscalização em cada balneário.

No início do ano, estive caminhando pela Ilha de Itacuruçá e encontrei placas de alerta sobre o descarte de lixo na Praia Grande de lá. Numa delas, os dizeres orientavam os turistas a trazerem de volta seus resíduos para o continente, o que, a meu ver, deveria servir para Mangaratiba inteira.

Penso que o Município todo deveria ser tratado como um paraíso ecológico! Inclusive os balneários mais frequentados a exemplo de Itacuruçá (continente), Muriqui, Praia Grande, Praia do Saco e Conceição de Jacareí. Pouco importa se o lugar encontra-se inserido ou não nos limites de uma unidade de conservação da natureza. Precisamos começar a ver Mangaratiba como um grande parque ambiental onde também moram pessoas. Até mesmo o espaço urbano pode ser concebido dentro dessa ótica.

Compartilho que, por esses dias, observei que estão faltando lixeiras no calçadão da praia de Muriqui. Parece que umas caíram ou foram arrancadas de modo que os banhistas precisam caminhar centenas de metros até acharem um local para depositar o lixo. Achei lamentável, mas tenho pra mim que esse tipo de coleta convencional, por si só (desacompanhada de uma ação conscientizadora mais impactante) pouco contribui para desestimular o descarte habitual de resíduos na areia. Creio que possamos pensar em algo mais educativo.

Minha sugestão é que o Poder Público inicie um projeto capaz de envolver banhistas, comerciantes, ambulantes, catadores, lideranças comunitárias, estudantes e militantes ambientalistas, formando a figura do agente ambiental que poderá ser voluntário ou não. Assim que o turista chegasse na praia, ele receberia uma sacolinha feita com material biodegradável para ir armazenando latinhas de bebidas, garrafas PET, embalagens de doces, cascas de frutas, guimbas de cigarros, etc. Somente quando deixasse o local ele faria o descarte em novos coletores. E veria placas em todo canto, inclusive nos quiosques, alertando sobre não deixar o lixo na areia.

Nada impede que, paralelamente, seja levado adiante um projeto de coleta seletiva com coletores confeccionados na cor correspondente de cada tipo de resíduo sólido, os quais seriam instalados em locais estratégicos da cidade e dos distritos e que poderíamos chamar de Ecopontos. Para tanto seria necessário adquirir uma sacolinha da mesma coloração que todo estabelecimento seria obrigado a oferecer a preços bem módicos por unidade, conforme o tipo de resíduo da embalagem do(s) produto(s) que comercializa. Tudo seguindo a padronização contida na Resolução n.º 275/2001 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente). Claro que para poder obrigar as empresas vamos ter que propor e aprovar uma lei municipal na Câmara dos Vereadores.

A hora para começarmos seria esta! É preciso iniciar um projeto de conscientização o quanto antes para que, quando chegar o verão, o banhista já esteja acostumado a armazenar o lixo em sacolas plásticas e, assim, formaríamos um ambiente de constrangimento quanto ao descarte de qualquer resíduo na areia. Quando recebesse sua sacolinha (mesmo para lixo comum) e tomasse conhecimento das mensagens de alerta, a pessoa se sentiria parte de um projeto de limpeza das praias e a sujeira na areia seria menor poupando os nossos garis. Através do envolvimento do cidadão e de um trabalho de parceria com o Poder Público podemos transformar a realidade local.


OBS: Foto constante no portal da Prefeitura Municipal de Mangaratiba em http://www.mangaratiba.rj.gov.br/portal/noticias/limpeza-das-praias.html