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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Precisamos de uma audiência pública da ALERJ sobre transporte público em Mangaratiba e região da Costa Verde



No dia 10/02, após haver feito uma postagem nas redes sociais do sítio de relacionamentos Facebook sobre o problema da insegurança das barcas da CCR que executam a travessia para a Ilha Grande, tendo entrado em contato também com a ALERJ, fui informado pelo o gabinete do deputado Dionísio Lins (PP), presidente da Comissão de Transportes, que haveria uma audiência pública, em 12/02/2020 (quarta-feira passada), às 10 horas, no Plenário Barbosa Sobrinho. O tema da reunião seria a situação das embarcações que prestam o serviço nos trajetos Praça XV - Cocotá e Praça XV - Paquetá.

Na ocasião, a assessora do parlamentar que atendeu ao telefone até me convidou para que eu viesse ao evento e aproveitasse a oportunidade para falar da precariedade das barcas que conduzem os passageiros para a Ilha Grande. Porém, como já tinha outros compromissos agendados por aqui para a referida data, tanto na parte da manhã quanto à tarde, faltaram-me condições de ir até à ALERJ, tendo apenas divulgado o convite nas redes sociais a fim de que algum interessado com disponibilidade de horário pudesse estar lá falando pela região da Costa Verde.

Fato é que carecemos de uma audiência pública da ALERJ aqui e que trate não somente do transporte marítimo para a Ilha Grande como também das linhas rodoviárias concedidas pelo DETRO quanto aos ônibus intermunicipais que atendem Mangaratiba.

Diga-se de passagem que hoje em dia quase não temos mais ônibus que atendam ao povo de Mangaratiba, o que acaba afetando também o transporte local no âmbito do Município. Pois, infelizmente, são os veículos da Expresso Recreio que, na prática, interligam os distritos praianos entre si por meio das linhas que vêm de Itaguaí para cá.

Para agravar a situação, eis que os moradores de Itacuruçá encontram-se há mais de um ano sem os ônibus da linha paradora 122T da Expresso. Isto porque, devido à obstrução na RJ-14, no trecho entre Muriqui e Itacuruçá, a empresa passou a descumprir o seu itinerário normal com o total apoio do DETRO, sem que a autarquia reguladora estadual fosse capaz de buscar soluções para atender esse público.

Ora, essa situação se agrava ainda mais quando se tratam dos estudantes do ensino médio residentes em Itacuruçá que recebem da Secretaria de Educação o bilhete eletrônico RioCard mas não estão sendo servidos de ônibus para transportá-los até o C. E. João Paulo. E, dessa maneira, o governo do Rio de Janeiro vem violando o disposto no art. 10, inciso VII, da LDB, segundo o qual os Estados incumbir-se-ão de assumir o transporte escolar dos alunos matriculados em sua rede de ensino.

De igual modo também sofrem os idosos e pessoas com deficiência uma vez que os mesmos também dependem dos ônibus para se locomoverem dentro de Mangaratiba pois as vans da COOTAM, autorizadas pelo Município, só transportam um passageiro com direito à gratuidade.

Por sua vez, eis que a Prefeitura de Mangaratiba até o momento está descumprindo a Lei Municipal n.º 989/2016 porque somente duas das linhas interdistritais previstas na norma jurídica em comento estão em funcionamento. A saber, as que vão para a Serra do Piloto e Ingaíba que são regiões rurais com poucos habitantes. Já as demais linhas continuam existindo apenas no papel.

Portanto, há que se convocar com urgência uma audiência pública para nos ouvir e cobrar providências do governo estadual. E, devido às nossas dificuldades de locomoção até à capital, sugiro que o evento seja ser realizado aqui no Município. De preferência numa tarde de sexta-feira para que os moradores da Ilha Grande possam participar e retornar para a casa na última barca que parte no horário noturno do cais de Mangaratiba.

Lutemos juntos pela causa!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

O embarque para a Ilha Grande em dias de movimento



Neste último sábado (12/10), viajei para a Ilha Grande e pude testemunhar a má organização do serviço prestado pela concessionária CCR Barcas.

Tão logo cheguei ao atracadouro das barcas, cerca de uma meia hora antes, fiquei perplexo com o gigantesco tamanho da fila. Pessoas aguardavam em pé somente para comprar o bilhete sem terem a certeza se conseguiriam entrar no veículo por causa da lotação máxima de mil passageiros. Era gente com mochila, portando barracas de acampamento, muitos grupos de jovens, casais de namorados e famílias com crianças. Por ter direito à prioridade, um senhor idoso, desavisadamente, embarcou antes das suas filhas deixando-as preocupadas se entrariam lá ou não para se encontrarem com o pai. A empresa nem ao menos foi capaz de construir uma sala de espera coberta e com assentos para proporcionar um mínimo de conforto aos usuários como existe no Rio de Janeiro e em Niterói, num serviço prestado pela mesma companhia de transporte aquaviário. Acabamos partindo dali uns trinta minutos depois.

Assistindo a tudo isso, não consigo entender como que um local que recebe até turistas estrangeiros, como é o caso da Ilha Grande, ainda depende de um serviço tão obsoleto e de embarcações velhas capazes de tornar instável a locomoção dos passageiros no interior dos veículos nos dias de mar agitado. Recordo que, no trajeto de volta, as pessoas tinham que tomar muito cuidado para não caírem quando se levantavam de seus lugares para irem até aqueles sanitários espartanos. Já na ida, era praticamente impossível locomover-se lá dentro devido à super lotação e às bagagens espalhadas pelo chão.

Focando na questão do embarque, penso que o primeiro passo seria a empresa dar mais agilidade à compra do bilhete para que não haja atrasos nas partidas e nem incertezas se o consumidor vai ou não viajar. Em dias de maior movimento, como foi neste último feriado, a CCR Barcas precisa dispor de mais bilheterias e contratar funcionários extras. São poucos os guichês de atendimento!

O segundo passo seria providenciar um local coberto para acomodar os usuários que vão adquirir seus bilhetes de passagem e também depois enquanto estiverem aguardando a vez de subirem na embarcação. Aliás, o ideal seria termos uma estação aquaviária, coisa que a Prefeitura pode contribuir sendo certo que o Município terá o seu devido retorno.

A meu ver, com um bom e espaçoso terminal de barcas, Mangaratiba terá a chance de captar os turistas que vão pra Ilha Grande afim de que, numa outra oportunidade, queiram conhecer os nossos atrativos. Ali dentro, poderemos divulgar as nossas belas paisagens, passeios, roteiros ecológicos, festas e eventos culturais da cidade.

É certo que muita gente passa por aqui rumo à Ilha Grande desconhece que também temos história, monumentos, trilhas, praias, cachoeiras e picos para serem escalados. Um dia movimentado seria o momento certo para que representantes da Secretaria Municipal de Turismo fossem pessoalmente até o atracadouro e desenvolverem um trabalho de marketing, apresentando o que temos de melhor para oferecer. Ou seja, podemos fazer de um limão amargo uma doce limonada!

Embora quem viaja para a Ilha Grande esteja atrás de aventura e rusticidade, isto não significa abrir mão de serviços eficientes, seguros, pontuais, com um conforto básico dentro dos padrões atuais de qualidade e que, principalmente, respeite o consumidor. Assim, tratarmos bem o turista torna-se uma questão de inteligência porque estaremos atraindo investimentos para nossa economia local e regional. Algo que o Município e a AGETRANSP podem começar a resolver juntos com a participação de toda a sociedade interessada.


OBS: Foto extraída do site do Brasil-Escola.