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terça-feira, 21 de novembro de 2023

Uma semana que deveria ser melhor comemorada em Mangaratiba...

 



Talvez muitos não sabem, Mangaratiba possui uma norma local que, há mais de 12 anos, instituiu a Semana da Consciência Negra, no âmbito do Município. Trata-se da Lei n.º 725, de 06 de junho de 2011, sancionada pelo então prefeito Evandro Bertino Jorge, o "Capixaba".


De acordo com seu texto, a Semana da Consciência Negra deve ser comemorada no mês de novembro de cada ano sendo que a programação de eventos precisa anteceder a data de 20/11, que é o Dia Nacional da Consciência Negra, cabendo à Prefeitura coordená-la, adotando mecanismos capazes de possibilitar a realização de atividades regionalizadas. E, além disso, o art. 4º da Lei fala na organização de um seminário popular com a participação de diversas entidades do Movimento Negro.


Infelizmente, ao acessar o setor de notícias da página oficial da Prefeitura na internet, não encontrei nada no seu setor de notícias, mas tão somente achei uma postagem até 20/11, no Facebook, com o seguinte teor, sem, porém, trazer informações sobre a programação da Semana da Consciência Negra:


"✊🏾RESPEITO E IGUALDADE

Um povo que conhece sua história sabe que nenhuma luta é em vão. Lembrar a resistência do povo negro para avançar na luta por uma sociedade livre de toda forma de opressão, é o caminho para acabar com o racismo. Porque respeito não tem cor, tem consciência!

“A ação antirracista é urgente e se dá nas atitudes cotidianas. É uma luta de todas e todos.”

(Djamila Ribeiro)"



Curiosamente, no dia 20/11/2023, a gestão do atual Chefe do Executivo Municipal de Mangaratiba, senhor Alan Campos da Costa, completou cinco anos, considerando a sua posse na mesma data em 2018, após a sua chapa haver sido vitoriosa no pleito suplementar e na reeleição em 2020. Porém, o mesmo prefeito, quando foi vereador (e também candidato na eleição municipal anterior), chegou a propor o Projeto de Lei Ordinária n.º 62/2016, pretendendo fazer com que a Semana da Consciência Negra, já instituída pela Lei Municipal n.º 725/2011, viesse a ser incluída no calendário oficial, dentre outras providências que ajudariam no cumprimento da norma.


Como não houve tempo hábil, tal proposição acabou sendo arquivada no início da legislatura seguinte e, ao que parece, foi esquecida quando o seu autor se tornou prefeito da cidade menos de dois anos depois. 





Considerando o teor da própria justificativa de duas laudas daquele projeto de lei, nem preciso dizer aqui quais as razões pelas quais a Semana da Consciência deve ser melhor comemorada em Mangaratiba. Porém, não tendo mais o atual prefeito a mesma atuação dos tempos quando era vereador, tudo isso me causa uma sensação ainda maior de decepção com o seu governo. Até mesmo porque colaborei com o seu mandato no Legislativo tendo até trabalhado por cerca de um semestre na sua assessoria em 2016 até o último dia em que esteve na vereança.


De qualquer modo, como cidadão, já estou entrando em contato coma Ouvidoria da Prefeitura, oportunidade em que, na presente data de 21/11, registrei o pedido de informações de n.º 000087/2023, indagando sobre a programação da Semana da Consciência Negra, conforme a lei vigente. E, em seguida, registrei uma insatisfação de n.º 000088/2023 pelo fato da cidade nem ao menos ter um busto em homenagem ao Zumbi dos Palmares, sendo o feriado de 20/11 uns dos mais importantes do calendário fluminense, no meu ponto de vista.


Finalmente, ressalto que Mangaratiba possui uma dívida histórica com os afrodescendentes pois, mesmo depois da proibição do tráfico negreiro, o litoral do município foi utilizado como porto clandestino de desembarque e venda dos escravos para as fazendas do Vale do Paraíba, durante décadas da segunda metade do século XIX. Na Ilha da Marambaia, era realizada a engorda dos cativos após a exaustiva travessia do Atlântico. No Sahy, seres humanos chegaram a ser comercializados como se fossem uma mercadoria qualquer!


Portanto, tendo em vista todo esse passado de injustiças, é necessário cobrarmos que, anualmente, seja quem for o prefeito da cidade, Mangaratiba realize a Semana da Consciência Negra, dando o devido cumprimento à Lei Municipal n.º 725/2011.

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

O turismo no Município pode crescer com eventos na época de inverno!



Na sessão desta quinta-feira (17/08) da Câmara Municipal de Mangaratiba, entrou na leitura do Expediente o Projeto de Lei n.º 60/2023, de autoria do Vereador Hugo Graçano, que dispõe sobre a criação do "Festival de Inverno de Mangaratiba", dando outras providências, dentre as quais a colocação do evento no calendário oficial do Município. 


Conforme a proposta do edil, o Festival de Inverno seria uma oportunidade de contribuir com o "aquecimento da economia local durante o período mais frio da região quando diminui a procura pelos lugares balneários, apesar do mês de julho coincidir com o recesso das escolas". E isso seria aproveitado juntamente com outras potencialidades da região como a nossa abundante natureza e a gastronomia. 


Além disso, o projeto legislativo busca incentivar que as programações ocorram em todos os distritos e também haja a valorização dos talentos locais, o que seria uma maneira de gerar emprego e renda para muitos artistas e músicos daqui de Mangaratiba. 


Outra ideia interessante seria a excepcional contratação de empresas de transportes para condução gratuita do público no horário noturno, o que proporcionaria mobilidade num município onde a locomoção viária é precária, evitando também que pessoas voltem para casa dirigindo depois da festa... 


Numa comparação com outras cidades onde já existem festivais de inverno, a exemplo de Campos do Jordão, e da FLIP de Paraty, encorajar o Município a empreender nesse caminho mostra o quanto podemos ganhar através do desenvolvimento do turismo, com geração de receitas o ano todo. Pois, certamente, nem só de praia vive Mangaratiba e temos muito a oferecer para aqueles que nos visitam tanto em janeiro quanto em julho.



Vamos acompanhar!

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Propostas de Alan Bombeiro para cultura



Olá, amigos!

Dando prosseguimento aos comentários que tenho feito sobre o Plano de Governo do meu candidato a prefeito, Alan Bombeiro, compartilho hoje suas propostas para a área cultural, conforme consta no documento apresentado à Justiça Eleitoral (clique AQUI para ler na íntegra). 

Diferentemente da maioria dos temas do programa, confesso que pouco contribuí quanto à cultura. Pois, assim como foi em relação ao esporte, não tenho muita afinidade com o assunto em tela. Porém, não deixarei de fazer uma abordagem e posso dizer que se trata de um trabalho bem rico que, na certa, agregará valor à futura gestão do Alan. 

São ao todo 15 itens, os quais passo a citar para então expressar a minha opinião a respeito tal como venho fazendo no tocante aos outros temas:

"10.1. Promover eventos culturais que resgatem a tradição local, segundo o calendário anual ordinário de festejos cíclicos, como Festas Juninas, Folia de Reis, Dia da Consciência Negra, além de participar da criação de um calendário próprio anual, de acordo com a identidade do município, junto às demais secretarias.

10.2. Propor parcerias com eventos artísticos e culturais de iniciativa popular e incentivá-los, como o Beco Livre, o Dia da Consciência Negra na Marambaia, o Coro de Coreto, Ocupa Coreto e tantos outros gratuitos para a população.

10.3. Restaurar prédios culturais sob a administração da Fundação Mário Peixoto, assim como desapropriar outros de comprovado valor histórico para a criação da Escola de Música e Dança Municipal, da Casa do Artesão, dos Cines Jannuzzi, Itacuruçá e Mic-Mec e do Café-Teatro Mangaratiba.

10.4. Criar um centro cultural ou lona em cada distrito que não possuir um, respeitando suas identidades, em prédios que abriguem pequeno palco técnico para shows musicais, peças teatrais, salas de exposição, assim como aulas frequentes de diversas linguagens artísticas.

10.5. Modernizar a biblioteca pública existente no Centro de Mangaratiba, revitalizar as de cada distrito e criar uma nos que não possuem em parceria com a Secretaria de Educação e de Ciência e Tecnologia, oferecendo novas mídias, acesso à internet e vasto acervo bibliográfico e iconográfico.

10.6. Ajustar o Centro Ferroviário de Cultura de Itacuruçá, na antiga estação de trem, para que também funcione como Arquivo Histórico-Cultural de Mangaratiba, que terá a função de guardar fotos e documentos relativos à arte e à cultura do município, assim como promover exposições deste material.

10.7. Restaurar o Beco da Poesia do Centro de Mangaratiba e criar outros nos distritos, tornando locais de utilização obscura em iluminados e de utilização cultural, assim como grafitar com desenhos gigantes de artistas locais espaços públicos, tornando-os mais belos.

10.8. Promover a criação virtual do Museu da Pessoa de Mangaratiba com depoimentos gravados e fotos da história dos moradores, o que, paralelamente, eternizará a história da cidade através da oralidade dos habitantes da terra, a cargo do Arquivo Histórico-Cultural de Mangaratiba.

10.9. Restaurar o Parque das Ruínas do Saco de Mangaratiba e criar o Parque das Ruínas do Sahy, Implantando a fiscalização sistêmica com auxílio da Guarda Municipal para a sua efetiva preservação e visitação turística, incluindo também os demais pontos históricos da antiga Estrada Imperial do Centro de Mangaratiba até a Serra do Piloto.

10.10. Reativar e promover a antiga Fábrica de Banana, comprovado bem patrimonial do município e estimular o resgate e a produção artesanal de outros produtos com identidade local.

10.11. Acolher e administrar a Orquestra Municipal de Mangaratiba.

10.12. Reeditar, em parceria com a Secretaria de Comunicação Social, o jornal Mangaratiba & Cultura, com artigos sobre arte, cultura e identidade, além de reportagens divulgando a programação artística e cultural bimestral do município.

10.13. Revitalizar as estantes de livros para empréstimo espalhadas pelos distritos e mantê-las sempre arrumadas e atualizadas.

10.14. Difundir e tornar itinerante a Nossa Feira de Mangaratiba, um dia em cada distrito, com shows musicais, barracas padronizadas de produtos agrícolas orgânicos e de produção caseira, artesanato local, lanches e antiguidades.

10.15. Revitalizar eventos artísticos e culturais mensais de gestões anteriores de grande aceitação e apelo popular, como o Cachaça Poética, Praião (exibição de filmes infantis ao ar livre nas praias de Mangaratiba), Sambão nas Ruínas, Concertos Eruditos ao Piano, Natal na Praça, entre outros."

Sobre o primeiro item, considero uma ideia formidável. Pois, afinal, é preciso que Mangaratiba tenha um calendário unificando eventos, feriados e datas comemorativas, com uma ampla divulgação. Aliás, trata-se de algo que poderá ser consolidado numa só norma jurídica, a exemplo da Lei carioca de n.º 5146/2010, de maneira que, qualquer inovação proposta por algum vereador, o mesmo precisará fazer uma inclusão na lei já existente. E para tanto será preciso primeiro empreender uma pesquisa legislativa de modo que uma parceria entre a Prefeitura e a Câmara neste sentido poderá ajudar bastante.

A promoção de eventos populares, a exemplo do que vem ocorrendo com o "Beco Livre", no Centro de Mangaratiba, considero uma excelente estratégia que poderá, inclusive, alavancar o turismo de qualidade que tanto desejamos ver no Município. Logo, será preciso que várias secretarias trabalhem unidas diante de um propósito de fazer do simples um trabalho grandioso. E nisto, a restauração do Beco da Poesia (item 10.7) ajudará bastante pois tem a ver com o estilo de turismo e eventos que intencionamos trazer.

A restauração de prédios culturais (item 10.3), sobretudo os de interesse histórico, precisarão constar num plano de metas que faça o mapeamento dos imóveis e conceda incentivos financeiros aos proprietários a fim de que o Poder Público não tenha que arcar com todos os gastos. E aí podemos estudar mecanismos permitindo empresas se tornarem parceiras do projeto.

Sobre termos um centro cultural (ou lona) em cada distrito é outra ideia fantástica e que há tempos em defendo. Penso que Muriqui, Conceição de Jacareí e a Serra do piloto carecem de um trabalho nesse sentido que muito enriqueceria a convivência entre as pessoas e o turismo, gerando novas oportunidades de lazer, entretenimento e instrução. Logo, a escolha dos locais fará uma enorme diferença, principalmente se forem lugares agradáveis, acessíveis e com algum atrativo para visitação.

No caso do Centro Ferroviário de Cultura de Itacuruçá (item 10.6), o qual funciona na antiga estação de trem, temos ali não somente um prédio de interesse histórico como um ambiente que atrai visitantes. Porém, é possível encontrarmos outros locais mais agradáveis para a convivência do que ali, fazendo com que a casa passe a ter a função de "guardar fotos e documentos relativos à arte e à cultura do município", sem fechar as portas para o público.

Igualmente, as bibliotecas poderão proporcionar aos moradores de cada distrito um contato maior com a literatura, as quais passariam a ter um controle das estantes de livros previstas no item 10.13, sendo que estas que já existem há alguns anos no Município. Contudo, é certo que a modernização desses espaços se fará necessária já que a tendência é que possamos proporcionar também o contato com novas mídias próximas aos ambientes de leitura, sendo sugestivo tal projeto andar de mãos dadas com o idealizado "Museu da Pessoa de Mangaratiba" (item 10.8).

As ruínas do Sahy não podem ficar esquecidas pois se tratam de uma preciosidade turística e cultural que temos bem perto da rodovia Governador Mário Covas (BR-101), sendo, pois, um lugar acessível à maioria dos munícipes e turistas. É uma área que não pode permanecer abandonada e nem destruída aos poucos pela ação do tempo ou dos vândalos.

Além disso, o item 10.9 tem o potencial de mudar radicalmente uma área que está se transformando com lojas e novas unidades habitacionais, mas que carece de um espaço público para eventos, convívio social, preservação da memória histórica e valorização da cultura afro. Até porque o Sahy já foi um antigo mercado de escravos que abastecia as lavouras de café do Vale do Paraíba com mão-de-obra no século XIX.

Valorizar inciativas do passado (item 10.15), mesmo tendo pertencido a gestões anteriores, será um diferencial importante de um governo que, ao invés de impor o novo sobre o antigo, buscará harmonizar o passado com o presente, construindo o futuro. Pois significa reconhecer que outros trabalhos deram certo lá atrás, mas não tiveram continuidade por motivo de desinteresse, relaxamento ou pura vaidade de um sucessor. Daí a ideia de reativação da fábrica de banana será bem vinda para um governo comprometido com uma gestão séria para a cidade (10.10).

Quanto à orquestra, seria outra iniciativa que pode contribuir para o refinamento cultural da nossa população, dando aos munícipes a oportunidade de terem contato com a música erudita que poucos conhecem ou estimam nas gerações mais novas. Não custará caro para o governo dar esse apoio a um trabalho que tanto engrandecerá Mangaratiba.

Um jornalzinho sobre cultura que circule periodicamente nas versões física e virtual poderá ajudar na divulgação dos eventos. E para tanto será fundamental que seja assegurado a todos um acesso gratuito para anunciar os seus trabalhos e escrever artigos de opinião sobre a área cultural da cidade.

Em relação às feiras, as quais foram também tratadas em temas anteriores, temos aí uma grande oportunidade para desenvolver o Município, gerando trabalho e renda para a população. É algo que foi iniciado em julho deste ano e que terá continuidade mesmo com outra uma mudança de governo em novembro.

Mais do que nunca, Mangaratiba precisa aprender a olhar para frente e desenvolver uma política cultural que contribua tanto para dignificar os seus moradores como também desenvolver o turismo da maneira sustentável como desejamos. Pois será um ambiente social sadio e de nível elevado que atrairá um público selecionado de visitantes que tanto queremos receber por aqui.

Ótima sexta-feira a todos!

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Um projeto que valoriza a cultura popular no Município e anima a vida dos idosos



Dentre os vários projetos de lei apresentados pelos nossos edis no primeiro semestre do corrente ano, houve um que achei bem interessante para a cultura popular dentro de Mangaratiba. Trata-se do Projeto de Lei n.º 21/2018 de autoria do ver. Helder Rangel (PSDB), o qual autoriza o Poder Executivo a instituir as "Olimpíadas Municipais de Jogos Populares".

Mas, afinal, o que vem a ser isso?

Segundo diz o artigo 2º da proposição, tratam-se de jogos como buraco, sueca, dominó, purinha, dama, xadrez, ioiô, dentre outros que costumamos ver pessoas em nosso Município praticando cotidianamente com espontaneidade nas praças. Principalmente o público masculino já aposentado.


A ideia do autor do projeto é que a Prefeitura, nos meses de agosto e setembro de cada ano, passe a realizar um evento com a finalidade de promover entretenimento para a população do Município, com foco principalmente no público idoso. Senão vejamos o que consta no texto da justificação apresentada na qual o vereador fala da necessidade de criação de um "novo atrativo" na época por ele sugerida:

"O objetivo desta proposição é promover entre os cidadãos de Mangaratiba, sobretudo o público idoso, atividades ocupacionais de entretenimento e de lazer. A ideia do projeto é que tenhamos anualmente, entre os meses de agosto e setembro, torneios de jogos populares como buraco, sueca, dominó, purinha, dama, xadrez, ioiô, e outros. A escolha da data se justifica pelo fato de que os meses de agosto e setembro tratam-se de uma época, após o recesso escolar de julho, em que precisamos oferecer atividades de divertimento para a nossa população local e, ao mesmo tempo, criar um atrativo novo dentro de Mangaratiba. Por outro lado, trata-se de reconhecer a cultura popular e valorizar aquilo que muitos munícipes já fazem quase que cotidianamente, dando a eles a oportunidade maior de participação e de convivência comunitária." (Helder Rangel)

Sem dúvida, fortalecer essa convivência é fundamental dentro de uma sociedade pois é algo que agrega gente e evita que idosos se sintam solitários num mundo onde as pessoas têm se comunicado cada vez menos presencialmente. Até porque muitos deles nem sempre encontram a oportunidade de dialogar com filhos e netos dentro de casa e os tais jogos incentivariam o encontro com senhores e senhoras da mesma faixa etária.

Vale lembrar que eventos assim têm feito sucesso em outros municípios a exemplo da foto acima sobre uma partida de truco numa cidade paulista, conforme extraído do portal da Prefeitura de Itanhaém na internet. Trata-se, pois, da realização do "JORI", sigla esta que significa "Jogos Regionais do Idoso".

Espero que a proposta seja aprovada pela Câmara Municipal e depois sancionada pelo prefeito em exercício ou quem vier a sucedê-lo depois das aguardadas eleições suplementares. Afinal, é algo que poderá enriquecer muito a cultura da cidade e alegrar os dias dos nossos idosos.

Ótima quinta-feira!



domingo, 24 de julho de 2016

As festas e o problema da mobilidade urbana




Por esses dias, está ocorrendo em Itacuruçá a tradicional Festa de Sant'Ana, em homenagem à padroeira do Distrito, o que foi enquadrado pela Prefeitura no Circuito do Forró, criado em 2015. Trata-se de um evento que sempre costuma contar com programações religiosas e sociais em que tanto turistas quanto moradores podem usufruir de uma área para a alimentação e o entretenimento, sendo comum a apresentação de shows musicais.

No entanto, fiquei sabendo na tarde hoje em Muriqui que algumas pessoas daqui do 4º Distrito, após terem ido curtir a festa em Itacuruçá, tiveram dificuldades para retornar porque os ônibus da viação Expresso pararam de circular após um determinado horário. Então, a fim de não terem que dormir no banco da praça, esses munícipes precisaram tomar um ônibus até à cidade vizinha de Itaguaí para de lá conseguirem voltar para casa.

Como sabemos, a falta de mobilidade urbana em Mangaratiba é um problema crônico da cidade e, infelizmente, isso prejudica muito o lazer da nossa população, além de atrasar o próprio desenvolvimento do turismo local. Pois de que adianta fazermos um São João Cultural se, na prática, somente quem tem carro e mora no local consegue aproveitar? Inclusive, até mesmo para quem possui um veículo próprio encontra dificuldades de estacionar em dias de maior movimento conforme o horário.

A meu ver, deveria a Administração Municipal agir com mais organização a fim de que houvesse proveito para todos os que moram em Mangaratiba durante o Circuito do Forró. E, nesse planejamento, é preciso levar em conta as dificuldades de quem reside nos demais distritos conseguir participar.

Recordo bem da vez em que fui a Porto Seguro (BA) no mês de julho de 1998. Lá, não muito diferente de Mangaratiba, várias festas ocorriam em locais distantes, o que exigia do turista um deslocamento pelo território municipal para acompanhar determinados eventos de seu interesse. Porém, no horário noturno, eram colocados ônibus gratuitos à disposição de todos na cidade, o que proporcionava uma mobilidade urbana que, por sua vez, repercutia positivamente na economia local.

Sinceramente, considero oportuno que, nos dias de festas, fossem fretados ônibus para transportar de graça as pessoas dos bairros mais povoados até o local do evento. Por exemplo, quando chegassem as comemorações de Sant'Ana, a partir das 21 horas, uma condução circular partiria de Conceição de Jacareí passando pela Praia do Saco, Centro de Mangaratiba, Sahy, Muriqui e depois, quando chegasse em Itacuruçá, faria o itinerário inverso até o final da madrugada. E isso ocorreria durante todos os dias da programação do Circuito do Forró bem como nas outras ocasiões festivas.

Assim, além das oportunidades de lazer que seriam proporcionadas à população, haveria em Mangaratiba mais incentivo ao turismo porque, independentemente de qual distrito litorâneo a pessoa ficasse hospedada, ela teria facilidades para curtir as principais festas de Mangaratiba, o que, certamente, faria com que a taxa de ocupação nas pousadas e hotéis aumentasse. Consequentemente, haveria mais trabalho e renda, além de maior satisfação por uma boa parte dos moradores interessados nas atividades culturais.

É a minha sugestão!


OBS: Créditos autorais da imagem ilustrativa acima atribuídos a De Jesus/O Estado em http://imirante.com/oestadoma/noticias/2015/06/20/suarios-de-onibus-temem-por-sua-seguranca-ao-usar-o-servico-a-noite.shtml

domingo, 26 de junho de 2016

Não podemos esquecer das festas caipiras!




No começo da tarde deste domingo (26/06), ao caminhar pelas ruas quase vazias de Muriqui, senti falta de algo que, nos meus saudosos tempos de infância, ocorria com maior frequência. Eram as festas juninas (ou festas caipiras) que, nesta época, bombavam em todo o país, tanto em escolas como nas comunidades, onde os próprios moradores, em colaboração com o Poder Público, tratavam de enfeitar os logradouros das cidades com bandeirinhas para tudo quanto era lado.

É certo que muita coisa mudou no Brasil do começo dos anos 80 para cá. A violência aumentou nas áreas urbanas, a religião católica já não é mais a predominante em muitos lugares (apesar de ser ainda a mais numerosa das igrejas cristãs), a taxa de natalidade caiu a ponto de nos tornarmos um país velho, passou a haver um rigor mais severo quanto à soltura de balões e, no momento, vivemos uma crise econômica de apertar todo mundo. Só que, mesmo assim, o nosso Município está perdendo uma ótima chance de atrair turistas agora no auge do inverno (ler o artigo Oportunidades com a baixa temporada, publicado em 14/02 do corrente ano aqui neste blogue).

Apesar dos investimentos da Prefeitura no "Circuito do Forro", previsto para acontecer em Muriqui, entre os dias 15 a 17 de julho (clique AQUI para conhecer o cronograma), é necessário que toda a comunidade se envolva com o evento, independentemente das divergências políticas. Aliás, todas as atividades relacionadas ao São João, sejam elas contempladas ou não com recursos oficiais, precisam constar no calendário turístico-cultural de Mangaratiba! Por exemplo, se um clube, uma associação de moradores, ou uma paróquia, resolve promover algo aberto ao público, caberia ao Poder Executivo Municipal divulgar por motivo de evidente interesse público no incentivo ao turismo.

Fora isso, a própria sociedade precisa ter um pouco mais de ânimo e se organizar melhor para as comemorações dessa época. Logo, poderia a Prefeitura enfeitar as praças e as entradas dos distritos, mantendo os ornamentos até o mês de agosto, enquanto os moradores cuidariam de suas respectivas ruas, como alguns ainda fazem na época natalícia. Pois, se pensarmos bem, o que custa alguém tirar uns trocadinhos do bolso e arrumar um tempinho extra para cortar as bandeirinhas chamando seus vizinhos para ajudar? Será que nos tornaremos pessoas incultas se ficarmos umas horinhas a menos conectados nas escravizantes redes sociais da internet?!

Outro detalhe importante a ser colocado é que hoje as festas juninas encontram-se bem secularizadas de modo que nem todos os eventos podem ser considerados como religiosos. Com isso, nada impede que uma igreja evangélica, por exemplo, tenha a sua festa caipira com barraquinhas, comidas típicas e programações para o público infantil, sem que precise haver uma veneração dos santos católicos (ler o artigo O que penso sobre as festas juninas, publicado por mim dia 02/07/2014 no blogue da Confraria dos Pensadores Fora da Gaiola). 

Finalmente, não acho que o envelhecimento da nossa população deva ser motivo para nos empobrecermos culturalmente a ponto da sociedade praticamente abandonar as festas caipiras. Conforme consta na foto acima, eis que, há quase dois anos atrás, o grupo de Convivência da Terceira Idade de Muriqui organizou o  "Arraiá do Zé Paçoca", com muita animação, dança, música e comidas típicas desta época, tendo como principal objetivo levar a comunidade para compartilhar um raro momento saudável de descontração. Ou seja, foram nossos "velhinhos" que deram o exemplo.

Assim, deixo aqui a minha sugestão para que possamos aquecer as tardes e noites deste inverno de 2016, mantendo viva uma tradição cultural que nos foi legada há séculos pelos portugueses. Algo que precisamos nos esforçar um pouquinho para preservarmos, deixando registrado na memória de nossos filhos, netos e bisnetos o que, no passado, vivemos com bastante sabor.


OBS: Foto acima extraída de uma notícia publicada no site da Prefeitura Municipal de Mangaratiba sobre o evento organizado pelo grupo de Convivência da Terceira Idade no dia 26/07/2014, conforme consta em http://www.mangaratiba.rj.gov.br/portal/destaques/festa-caipira-em-muriqui.html

terça-feira, 14 de junho de 2016

Bem que a Tocha Olímpica poderia passar por Mangaratiba!




Conforme organizado pelo Comitê dos Jogos Olímpicos Rio 2016, a Tocha Olímpica deverá passar pela região da Costa Verde no final do próximo mês. Em 27 de julho do corrente ano, a chama chegará a Angra dos Reis, onde pernoitará para, no dia seguinte (28/07), prosseguir rumo a Rio Claro, Resende, Barra Mansa e Volta Redonda, sem que nem ao menos passe pelo território do nosso esquecido Município.

Sinceramente, achei um equívoco não terem incluído Mangaratiba nesse roteiro que está marcando a História de várias cidades brasileiras ainda que o evento não seja algo tão importante quanto termos hospitais, escolas, transportes e segurança. Pois, já que o Estado do Rio de Janeiro irá sediar as Olimpíadas, então por que não contemplarem o máximo de municípios possíveis da nossa unidade federativa?

Se olharmos atentamente para o mapa, o que custa a Tocha Olímpica dar uma esticadinha até Mangaratiba antes de subir a serra para o Vale do Paraíba? Pois, ao invés da chama ir pela RJ-155, que liga Angra a Barra Mansa, o trajeto poderia muito bem ser pela histórica Estrada de São João Marcos, que é a RJ-149. Esta, como sabemos, liga Mangaratiba a Rio Claro de modo que o resultado final seria praticamente o mesmo, com uns poucos quilômetros de diferença.




É certo que, na hipótese do trajeto ser pela RJ-149, o distrito rioclarense de Lídice ficaria de fora, mas oportunizaria a passagem da chama pelo Município, podendo ser agendada uma breve paradinha na Praia do Saco. Nem que fosse ao menos para alegrar a vida dos nossos estudantes da rede local de ensino no municipalizado CIEP 294 Candido Jorge Capixaba.

Assim, tendo já encaminhado nesta data uma sugestão por mensagem in box via Facebook, quero também compartilhar com todos a minha ideia que, se for aceita, certamente irá listar na História de Mangaratiba, podendo criar, inclusive, mais um ponto de interesse turístico. Aí, futuramente, a Prefeitura construiria até um monumento como fez o município de Forquilha, no Ceará.




Que tal se toda a cidade, por alguns instantes, deixasse de lado as suas briguinhas políticas, entrasse no espírito olímpico e defendesse a proposta?! Afinal, não custa o prefeito e vereadores expedirem alguns ofícios, não é mesmo?

Tenham todos uma ótima tarde de terça-feira!


OBS: Fotos acima referentes à passagem da Tocha Olímpica pelas cidades de Recife (PE) e Forquilha (CE), respectivamente, sendo ambas com créditos autorais atribuídos a Marcos de Paula/ Rio 2016, conforme consta numa notícia do portal EBC em http://www.ebc.com.br/esportes/2016/05/tocha-olimpica-viaja-pelo-brasil-acompanhe-o-caminho-do-simbolo-dos-jogos

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Pelo fechamento ao trânsito na Praça João Bondim!




Por esses dias, devido à armação de um palco na Praça João Bondim (Centro de Muriqui), em virtude da realização do Circuito de Forró nos dias 10 a 12 deste mês, o trânsito foi antecipadamente desviado da Rua Bahia para a Doze de Outubro, a qual é a primeira via paralela. Provisoriamente, os coletivos da Expresso Mangaratiba estão parando neste logradouro, mais precisamente entre as ruas Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro.

Com toda a sinceridade, gostei dessa arrumação, a qual poderia se tornar permanente. Aliás, acho que seria bem interessante para o turismo e o lazer no distrito que a praça em questão tivesse o seu calçamento estendido até o muro da linha do trem, o que significa acabar de vez com o trânsito de automóveis na Rua Bahia, entre a Rio Grande do Norte e a São Paulo. 

Não tenho dúvidas de que tal medida tornaria o lugar muito mais aprazível e convidativo para a convivência social. Haveria mais espaços para as crianças brincarem livremente (a maior preocupação dos pais teria que ser com a via férrea) e daria até para a Secretaria de Meio Ambiente plantar mais umas árvores na praça mais a construção de um belo chafariz com uma estátua em homenagem ao boto cinza. Outra oportunidade para o distrito seria a destinação de um local exclusivo para a realização de futuros eventos festivos, o qual pode ficar bem ali onde foi instalado o palco.

Assim, considero fundamental que Mangaratiba inicie uma nova política de valorização dos espaços públicos seguindo a moderna tendência dos países mais desenvolvidos. Estudos têm demonstrado que o fechamento das praças ao trânsito ajuda a promover as vendas do comércio varejista aumentando a frequência dos consumidores nas lojas. Foi o que ocorreu na famosa Times Square, em Nova York, bem como em diversas cidades europeias. Pois os pedestres, quando podem circular em paz, acabam gastando mais nos estabelecimentos porque se sentem mais à vontade.

Portanto, fica aí a minha sugestão ao prefeito Dr. Ruy Tavares Quintanilha, a qual compartilho também com a sociedade na expectativa de que possamos debater o assunto com espírito aberto.


OBS: Foto acima extraída de uma página do portal da Prefeitura de Mangaratiba na internet sobre o Circuito do Forró em Muriqui, conforme consta em http://www.mangaratiba.rj.gov.br/portal/noticias/circuito-de-forro-em-muriqui.html

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Mangaratiba e a Páscoa que passa...




Esta noite eu estava assistindo ao telejornal e reparei sobre uma interessante reportagem que fala das comemorações da Páscoa em Pomerode, no sul do país. A matéria Tradição alemã colore cidade catarinense na época da Páscoa foi exibida ao ar na edição desta quarta-feira (01º/04) do Jornal Nacional e informa como os costumes dos moradores locais chega a encantar visitantes:

"Uma tradição alemã trazida para o Brasil há mais de 150 anos deixa uma cidade catarinense ainda mais bonita nessa época (...) Para as famílias de Pomerode também é a hora de montar a Osterbaum - a árvore de Páscoa. É uma tradição carregada de significado. Os galhos secos lembram a tristeza pela morte de Jesus. Já as casquinhas de ovos decoradas, são símbolo de renascimento, da alegria pela ressurreição. O costume veio com os colonizadores há mais de 150 anos. Os antigos montavam a Osterbaum dentro de casa. Não mais do que um pequeno vaso. O que os moradores de Pomerode estão fazendo, de um tempo para cá, é renovar essa tradição. A Osterbaum agora está nas ruas. No quintal das casas. (...) Quem vem de fora, se encanta com os jardins e alamedas de Osterbauns da brasileira Pomerode (...)" - destaquei

Em Mangaratiba, embora nos falte uma tradição pascoal semelhante a desses imigrantes alemães, não sabemos aproveitar as oportunidades para enfeitarmos melhor a cidade, preparando-a para recepcionar o turista neste feriado. Nem as casas, as praças ou os prédios públicos são adequadamente trabalhados para recepcionar as pessoas que nos visitam. Faltam mais painéis, desenhos, bonecos do coelhinho, ovos decorativos e, principalmente, bons eventos.

Penso que este deveria ser um momento para desenvolvermos o turismo de inverno em Mangaratiba atraindo um público diferente dos frequentadores de nossa praia no verão. Embora muitos prefiram as serras neste comecinho de outono, considero que o charme do tempo ameno pode também contribuir para uma cidade litorânea aquecendo a sua economia através de circuitos gastronômicos, feirinhas de doces ou festivais de chocolate. E seria algo que, sem dúvidas, agradaria muito as crianças, tanto as de fora como aquelas residentes no município.

Ainda dentro dessa proposta, teríamos a chance de incentivar o artesanato popular, o qual pode perfeitamente utilizar-se de material reciclado. Aliás, com a facilidade da busca de informações na internet, fica cada vez mais fácil algum órgão da Prefeitura compartilhar conteúdos diversos que ajudarão aos artesãos de todo o município na produção de seus trabalhos manuais, e com isso, terem uma ótima fonte de renda extra nesses dias. Pois dá tranquilamente para fazer artesanato de Páscoa com o uso de materiais simples tipo as garrafas PET, os potes de iogurte, copos, tecidos, EVA, caixas de leite, dentre outros.

Acredito que, com alguma dose de criatividade e um pouquinho de vontade política, muitas ideias inovadoras podem ser colocadas em prática na nossa bela Mangaratiba que, estando situada tão perto da Região Metropolitana, ainda não sabe como desenvolver essa indústria sem chaminés chamada turismo. Mas para mudarmos essa realidade, basta que tenhamos iniciativa empreendedora e uma mentalidade mais progressista, sendo certo que a agenda da cidade precisa voltar-se também para outras épocas do ano além do Réveillon e do Carnaval.

Uma feliz Páscoa a todos!


OBS: A ilustração acima refere-se à montagem da "mini cidade" do município paulista de Monte Alegre do Sul, outra cidade que investe na Páscoa. Extraí a imagem de uma página de notícias em http://www.montealegredosul.sp.gov.br/m/noticia.php?id=1231

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

A fiscalização e a segurança no Carnaval




Mais um Carnaval está aí... Não vou dizer que gosto dessa época, mas respeito a diversão das pessoas e tenho aprendido admirar o que há de belo/positivo em termos culturais na maior festa popular do Brasil.

Acessando o portal da Prefeitura na internet, li duas matérias acerca do Carnaval. Numa delas, Carnaval com segurança, fala sobre a importante conscientização das pessoas acerca da AIDS e DSTs, com a distribuição de preservativos nos distritos. Já o outro texto, Clima de Carnaval, destaca mais o valor dos blocos carnavalescos que agitam as ruas do Município, falando também da instalação de cerca de 250 banheiros químicos, do concurso do "Carnamar" e trás uma informação preciosa que resolvi destacar visto ter me interessado mais:

"As secretarias de Segurança, Trânsito, Defesa Civil, Obras, Fazenda e Saúde atuarão no apoio durante o evento, além das polícias Militar e Civil e a Marinha do Brasil."

É sobre essa segurança que eu gostaria de focar! Pois, como sabemos, houve incidentes muito desagradáveis no Carnaval passado, entre os quais brigas, sujeira, invasão de ambulantes oportunistas vindos de outras cidades, garrafas de vidro nas praias, gente se exibindo de jet-ski dentro da faixa de segurança marítima, etc.

Lamentavelmente, coisas assim podem tornar a ocorrer em Mangaratiba e aí penso que nada melhor do que uma parceria entre a população e o Poder Público afim de que haja um adequado monitoramento e uma fiscalização satisfatória. Então, refletindo acerca do assunto, chego à conclusão de que, com a tecnologia de hoje, seria indispensável haver uma espécie de ouvidoria do Carnaval que recebesse não só telefonemas como mensagens acompanhadas por arquivos de foto. Algo que, por exemplo, possa ser transmitido via WhatsApp, pelo próprio celular da pessoa (isto porque o aplicativo permite o envio de texto, imagens, vídeos e mensagens de áudio de mídia).

É fato que essa parceria entre cidadão e Poder Público se constrói através do diálogo e da proximidade. E, tendo em vista as facilidades hoje oferecidas pela era moderna, tanto a Prefeitura quanto a Polícia Militar e a Capitania dos Portos precisam acompanhar as inovações investindo na melhoria do atendimento prestado à população por meio da informática. E cada acesso deve gerar um número de protocolo para acompanhamento posterior pelo interessado dando uma maior transparência ao serviço.

Portanto, fica aqui registrada a minha sugestão às autoridades desejando que tudo corra bem neste Carnaval de 2015 e a festa seja só alegria, sem acidentes, nem briga ou confusão. Que as pessoas sejam prudentes, moderadas no consumo de álcool (se dirigir, não bebam) e que o Poder Público cumpra com o seu devido papel. É o que esperamos.

Um abraço e bom feriado!


OBS: A ilustração acima cuida-se do informativo do Carnaval 2015 de nossa amada Mangaratiba, conforme extraído do portal da Prefeitura na internet, em http://www.mangaratiba.rj.gov.br/portal/noticias/clima-de-carnaval.html

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Mangaratiba bem que poderia ter um Natal estendido!




Acho interessante ver como que as cidades do Sul do país celebram o Natal por um período bem mais extenso do que aqui no Sudeste. Tendo entrado numa página do site da Prefeitura de Gramado (RS), verifiquei que lá eles organizam programações festivas que ocupam todo o mês de dezembro e só terminam em meados de janeiro do ano seguinte, mantendo a decoração nas ruas, praças e prédios públicos juntamente com as lojas e as casas dos moradores. Assim, integrando o calendário natalino gramadense, eis que, para o dia 10/01/2014, está prevista uma apresentação de danças alemãs na referida cidade, considerada por muitos como a capital do chocolate e do cinema.

A proposta que compartilho neste artigo é que Mangaratiba possa trabalhar melhor esse período de Natal, tanto na sede do Município quanto nos distritos. A partir de hoje, começa efetivamente a alta temporada de verão já que as pessoas não costumam viajar tanto no Natal para fins turísticos preferindo estar com a família (geralmente os que vem pra cá são os que nasceram na cidade ou têm casa de veraneio). Então, que tal se a Prefeitura e o comércio local pensassem em eventos pós-natalinos direcionados para o público infantil já que a alta temporada também coincide com as férias escolares?

Moro em Muriqui, 4º Distrito de Mangaratiba, e gostaria muito de ver a praça principal da localidade toda enfeitada bem como a orla marítima agora terrivelmente ameaçada com a promessa de construção de um "cais turístico", conforme escrevi no penúltimo artigo deste blogue. Poucas casas encontram-se decoradas o que, inclusive, poderia ter sido melhor incentivado pelos órgãos públicos tendo em vista que dependemos dessa indústria sem chaminés chamada turismo.

Embora muitos municípios praianos comecem a se preparar para o Carnaval tão logo chega o Réveillon, prefiro eventos que têm um caráter mais familiar. Nada contra o samba e a cultura carnavalesca que pode ser vivenciada de uma maneira sadia e responsável pelas pessoas. Só que, a meu ver, o Natal não deve ser experimentado numa data só, mas, sim, nos 365 dias do ano. E, neste sentido, por que não celebrarmos a vida de Jesus Cristo por um período maior? Creio que isso vai alegrar o coração de Deus, nosso Pai Celestial.

Continuamente desejo um FELIZ NATAL a todos!


OBS: Foto acima extraída do site da Prefeitura Municipal de Gramado.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

As festas literárias de Paraty e a agenda cultural de Mangaratiba



Na manhã de hoje, eu estava lendo a nota "Turismo com proveito" do blogue Notícias de Itacuruçá, edição deste dia 05/06/2013, a qual fala sobre a Festa Literária Internacional de Paraty prevista para acontecer entre 03 e 07 de julho, conforme extraído do AngraNews:

"Considerado um dos principais eventos do calendário turístico e cultural da cidade histórica, a Festa Literária Internacional de Paraty definiu a programação da 11ª edição que será realizada de 3 a 7 de julho. A conferência de abertura estará a cargo do escritor amazonense Milton Hatoum e o autor homenageado em 2013 será o romancista alagoano Graciliano Ramos. O cantor, compositor e ex-Ministro da Cultura, Gilberto Gil foi confirmado como a atração do show de abertura. Paralelamente à FLIP, acontecem a Flipinha (para crianças) e a FlipZona (para jovens)."

Interessante ver como que, com um evento literário tão importante acontecendo todos os anos em Paraty, os demais municípios da Costa Verde não tiram um proveito turístico dessa oportunidade durante outros dias do mês de julho que é uma gostosa época de férias escolares.

Imaginem um evento semelhante ocorrendo em Mangaratiba na semana seguinte à Flip ainda que, a princípio, não tenhamos tanta expressão?

Os funcionários da Fundação Mário Peixoto deveriam ir até Paraty entre os mencionados dias 3 a 7 de julho, transportando também alunos interessados da rede pública de Mangaratiba para participarem dos trabalhos, e aproveitariam para divulgar/panfletar chamando o público presente lá para uma semana cultural na nossa cidade. Sem dúvida que algumas pessoas que vissem o material publicitário da FMP iriam querer dar uma esticadinha até nós aquecendo a economia local. E, se as atividades daqui ficarem bem organizadas, rapidamente a propaganda boca a boca se encarregaria de atrair mais gente para o ano seguinte (lembremos que em 2014 estará acontecendo no Brasil a Copa do Mundo de Futebol).

Havendo um projeto regional, Mangaratiba, Angra dos Reis e Rio Claro também se organizariam para que, em todo o mês de julho, houvesse também uma agenda literária em cada uma dessas cidades, porém em dias diferentes para não coincidirem. Recordo que, quando ainda morava em Nova Friburgo, a programação cultural do Festival de Inverno era feita junto com Petrópolis pois, em termos de turismo, é preciso pensar regionalmente já que muitos visitantes não querem permanecer num lugar só.

Quem vem a Paraty, quer também conhecer a Ilha Grande, dar uma esticada até à praia de Trindade e, se tiver disposição, fazer o belo percurso ecológico pela antiga linha de trem entre Angra e Lídice. Então por que o turista não pode dar uma espiadinha para ver o que há de bom em Mangaratiba? Por isso, precisamos estar conectados com as coisas que andam acontecendo por toda a Costa Verde, sempre lembrando que entre todas essas cidades pode haver um mercado interno precisando ser melhor explorado.

Assim, se já temos um evento em Paraty com notável referência, os mangaratibenses precisam aprender a pegar uma "carona". É o que proponho às autoridades municipais e também à sociedade para debatermos desde já.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Como tirarmos melhor proveito do nosso potencial turístico?



Mangaratiba tem um incrível potencial turístico que cada vez mais estou conhecendo e experimentando após vir morar no município. Além das frequentadas praias do continente, temos curiosas ilhas, montanhas, florestas, cachoeiras com águas cristalinas, propriedades rurais, prédios e ruínas de valor histórico, tranquilidade de sobra fora da alta temporada, clima quente, etc. Só que, na prática, apenas subaproveitamos o litoral esquecendo-nos das outras coisas capazes de aquecer a economia da cidade.

Sem querer ser preconceituoso, mas qual é o perfil do turista que mais frequenta as praias do município? É o indivíduo que, geralmente, senta em frente a um quiosque para beber cerveja enquanto suas crianças brincam pela areia, restringindo-se a fazer somente isso. Uns têm casa aqui, outros alugam alguma quitinete, uma minoria fica em pousada, cada vez menos vem gente com barraca para acampar e tem um número bem expressivo de banhistas, provenientes de lugares próximos, que retornam no mesmo dia para os seus lares. Uma pequena "elite" é dona de barco e sai para passear pelas baías de Angra e de Sepetiba, quando não ficam andando com o jet-ski perto da orla desrespeitando a distância de segurança dos 100 metros exigida pela Marinha.

Bem, esse é o quadro que temos no verão, feriados e alguns finais de semana ensolarados. No Carnaval, as praias enchem. Mas, quando se vão aqueles dez dias de grande movimento, a população de Mangaratiba passa a se resumir apenas aos residentes domiciliados aqui. Faltam mais eventos organizados, estrutura, investimentos e divulgação capazes de segurar o turista em outras épocas do ano. Ou então, atrair, nessas ocasiões, pessoas com um outro tipo de perfil.

Eu gosto muito de caminhar e conheço a trilha que vai da cachoeira de Muriqui até Rubião, na Serra do Piloto. Também já andei pela Ilha de Itacuruçá, nas cachoeiras que têm lá para dentro do Sahy e em Conceição do Jacareí. Porém, logo observei que falta organização. Deveria haver mais placas, informações e roteiros para quem é amante de esportes como o trekking (travessias). Afinal, o ecoturismo é uma das espécies do turismo que mais cresce e atrai um tipo de frequentador diferente dessa turma que nos visita no verão. Digo isto não porque eles tenham maior poder aquisitivo, mas, principalmente, porque é uma galera mais consciente e que não costuma deixar toneladas de lixo nas praias.

É certo que, se o ecoturismo não for bem organizado, vira bagunça também. Aventureiros podem se perder na mato, outros farão o camping selvagem e o meio ambiente acabaria sofrendo danos. Porém, se houver uma preocupação real com esse setor em expansão da economia, Mangaratiba terá o seu devido retorno capaz de gerar trabalho e renda numa época de outono como esta. As pousadas na Serra do Piloto ficariam lotadas em julho e novos estabelecimentos surgiriam ali como hotéis-fazenda, áreas devidamente estruturadas para acampamento, empresas prestando o serviço de guia na floresta, mercados vendendo artesanatos e produtos da região, restaurantes e bares faturando, etc.

Temos o Parque Estadual do Cunhambebe, criado através do Decreto n.º 41.358/2008, com uma área de 38 mil hectares e que abrange não só parte de Mangaratiba como Angra, Rio Claro e Itaguaí. Só que até hoje o INEA quase não teve recursos para investir na nova unidade de conservação que ainda está muito longe de se tornar frequentado por montanhistas a exemplo da Serra dos Órgãos ou do Itatiaia, ambos do governo federal. Ainda assim, penso que seja possível desenvolver projetos dentro dessas limitadas condições. Aliás, nem acho que o processo de desapropriação deva ser acelerado. Se for possível manter os tradicionais moradores ali e pagá-los pela prestação de serviços ambientais, melhor. Aí bastará que as comunidades passem a conviver com o turismo e sejam capacitadas para isso através de cursos, palestras e eventos.

Todavia, é preciso trabalhar tanto o que poderemos ter quanto o que já temos. Como disse, há um subaproveitamento das temporadas de verão. No final do ano passado, ouvi o papo de que o comércio na praia seria profissionalizado, os ambulantes teriam que requerer licença junto à Prefeitura e, quando janeiro chegasse, usariam crachás de identificação. Só que o Carnaval passou e não vi nada disso acontecer. Aliás, vi um bando de oportunistas invadirem Muriqui, tirando o espaço de quem já trabalha o ano inteiro no distrito e está em dia com as exigências burocráticas. A presença da fiscalização, se é que houve, foi bem fraca.

Ainda tenho muito o que escrever sobre o turismo e pretendo voltar a esse tema em futuras postagens já que não consegui esgotar o assunto nessas poucas linhas. E, se compartilhasse tudo aqui de uma só vez, o texto ficaria chato. Porém, o que mais quero é ressaltar a importância dessa crescente atividade que é uma indústria sem chaminés. Talvez seja a grande oportunidade para Mangaratiba realmente se desenvolver com sustentabilidade uma vez que nem a geografia e os maus serviços da concessionária AMPLA nos dão a oportunidade de ter aqui um parque industrial.


OBS: A imagem acima refere-se à orla de Mangaratiba. Foi extraída do site da Prefeitura Municipal em  http://www.mangaratiba.rj.gov.br/portal/distritos/mangaratiba.html