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quinta-feira, 28 de setembro de 2023

É preciso revitalizar o Beco da Poesia!

 


Na manhã desta quinta-feira (28/09), foi muito triste passar pelo Beco da Poesia, no Centro de Mangaratiba, e ver o local, situado ao prédio histórico do lado do Solar Barão do Sahy, em situação de abandono. Indignado, gravei logo um vídeo e postei no YouTube, assim como em outras redes sociais.


Depois de denunciar publicamente, também encaminhei uma reclamação nova à Ouvidoria da Prefeitura de Mangaratiba, registrada sob o n.º 202309000046, a fim de solicitar que sejam tomadas as medidas necessária no sentido de haver uma revitalização do local, com a pintura das paredes, o reparo dos bancos e dos painéis nos quais estão escritos os poemas, bem como a recolocação da placa e da faixa que antes havia. Além disso, sugeri que a via seja enfeitada com guarda-chuvas, conforme vários lugares turísticos tem feito e também coloquem mais bancos. 



Inaugurado em 2011, o Beco teve as suas paredes decoradas com uma antologia poética, passando por estilos como o barroco e o cubista, chegando aos tempos modernos e contemporâneos de poetas como Manoel Bandeira. Foram instalados postes de iluminação e bancos, onde as pessoas podem se sentar e conhecer os grandes nomes de toda a história de nossa poesia, num agradável ambiente ao ar livre.


No ano de 2019, isto é, há cerca de quatro anos atrás, a Prefeitura fez uma obra de revitalização e reinaugurou o espaço em uma solenidade no dia 31/10 daquele ano. Porém, já em 2022, o Presidente da Câmara, Vereador Renato Fifiu, apresentou a sua Indicação de n.º 312, solicitando urgência e fazendo menção de outro pedido anterior, de n.º 444/2021, também de sua autoria, para que fossem colocados guarda-chuvas coloridos no local.




Ao que parece, nenhuma dessas reivindicações foram atendidas pelo prefeito Alan Bombeiro, mas estaremos aguardando uma resposta e acho que valeu a pena fazer hoje esta cobrança. Confiram o vídeo!


Bom descanso a tod@s!

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Propostas de Alan Bombeiro para cultura



Olá, amigos!

Dando prosseguimento aos comentários que tenho feito sobre o Plano de Governo do meu candidato a prefeito, Alan Bombeiro, compartilho hoje suas propostas para a área cultural, conforme consta no documento apresentado à Justiça Eleitoral (clique AQUI para ler na íntegra). 

Diferentemente da maioria dos temas do programa, confesso que pouco contribuí quanto à cultura. Pois, assim como foi em relação ao esporte, não tenho muita afinidade com o assunto em tela. Porém, não deixarei de fazer uma abordagem e posso dizer que se trata de um trabalho bem rico que, na certa, agregará valor à futura gestão do Alan. 

São ao todo 15 itens, os quais passo a citar para então expressar a minha opinião a respeito tal como venho fazendo no tocante aos outros temas:

"10.1. Promover eventos culturais que resgatem a tradição local, segundo o calendário anual ordinário de festejos cíclicos, como Festas Juninas, Folia de Reis, Dia da Consciência Negra, além de participar da criação de um calendário próprio anual, de acordo com a identidade do município, junto às demais secretarias.

10.2. Propor parcerias com eventos artísticos e culturais de iniciativa popular e incentivá-los, como o Beco Livre, o Dia da Consciência Negra na Marambaia, o Coro de Coreto, Ocupa Coreto e tantos outros gratuitos para a população.

10.3. Restaurar prédios culturais sob a administração da Fundação Mário Peixoto, assim como desapropriar outros de comprovado valor histórico para a criação da Escola de Música e Dança Municipal, da Casa do Artesão, dos Cines Jannuzzi, Itacuruçá e Mic-Mec e do Café-Teatro Mangaratiba.

10.4. Criar um centro cultural ou lona em cada distrito que não possuir um, respeitando suas identidades, em prédios que abriguem pequeno palco técnico para shows musicais, peças teatrais, salas de exposição, assim como aulas frequentes de diversas linguagens artísticas.

10.5. Modernizar a biblioteca pública existente no Centro de Mangaratiba, revitalizar as de cada distrito e criar uma nos que não possuem em parceria com a Secretaria de Educação e de Ciência e Tecnologia, oferecendo novas mídias, acesso à internet e vasto acervo bibliográfico e iconográfico.

10.6. Ajustar o Centro Ferroviário de Cultura de Itacuruçá, na antiga estação de trem, para que também funcione como Arquivo Histórico-Cultural de Mangaratiba, que terá a função de guardar fotos e documentos relativos à arte e à cultura do município, assim como promover exposições deste material.

10.7. Restaurar o Beco da Poesia do Centro de Mangaratiba e criar outros nos distritos, tornando locais de utilização obscura em iluminados e de utilização cultural, assim como grafitar com desenhos gigantes de artistas locais espaços públicos, tornando-os mais belos.

10.8. Promover a criação virtual do Museu da Pessoa de Mangaratiba com depoimentos gravados e fotos da história dos moradores, o que, paralelamente, eternizará a história da cidade através da oralidade dos habitantes da terra, a cargo do Arquivo Histórico-Cultural de Mangaratiba.

10.9. Restaurar o Parque das Ruínas do Saco de Mangaratiba e criar o Parque das Ruínas do Sahy, Implantando a fiscalização sistêmica com auxílio da Guarda Municipal para a sua efetiva preservação e visitação turística, incluindo também os demais pontos históricos da antiga Estrada Imperial do Centro de Mangaratiba até a Serra do Piloto.

10.10. Reativar e promover a antiga Fábrica de Banana, comprovado bem patrimonial do município e estimular o resgate e a produção artesanal de outros produtos com identidade local.

10.11. Acolher e administrar a Orquestra Municipal de Mangaratiba.

10.12. Reeditar, em parceria com a Secretaria de Comunicação Social, o jornal Mangaratiba & Cultura, com artigos sobre arte, cultura e identidade, além de reportagens divulgando a programação artística e cultural bimestral do município.

10.13. Revitalizar as estantes de livros para empréstimo espalhadas pelos distritos e mantê-las sempre arrumadas e atualizadas.

10.14. Difundir e tornar itinerante a Nossa Feira de Mangaratiba, um dia em cada distrito, com shows musicais, barracas padronizadas de produtos agrícolas orgânicos e de produção caseira, artesanato local, lanches e antiguidades.

10.15. Revitalizar eventos artísticos e culturais mensais de gestões anteriores de grande aceitação e apelo popular, como o Cachaça Poética, Praião (exibição de filmes infantis ao ar livre nas praias de Mangaratiba), Sambão nas Ruínas, Concertos Eruditos ao Piano, Natal na Praça, entre outros."

Sobre o primeiro item, considero uma ideia formidável. Pois, afinal, é preciso que Mangaratiba tenha um calendário unificando eventos, feriados e datas comemorativas, com uma ampla divulgação. Aliás, trata-se de algo que poderá ser consolidado numa só norma jurídica, a exemplo da Lei carioca de n.º 5146/2010, de maneira que, qualquer inovação proposta por algum vereador, o mesmo precisará fazer uma inclusão na lei já existente. E para tanto será preciso primeiro empreender uma pesquisa legislativa de modo que uma parceria entre a Prefeitura e a Câmara neste sentido poderá ajudar bastante.

A promoção de eventos populares, a exemplo do que vem ocorrendo com o "Beco Livre", no Centro de Mangaratiba, considero uma excelente estratégia que poderá, inclusive, alavancar o turismo de qualidade que tanto desejamos ver no Município. Logo, será preciso que várias secretarias trabalhem unidas diante de um propósito de fazer do simples um trabalho grandioso. E nisto, a restauração do Beco da Poesia (item 10.7) ajudará bastante pois tem a ver com o estilo de turismo e eventos que intencionamos trazer.

A restauração de prédios culturais (item 10.3), sobretudo os de interesse histórico, precisarão constar num plano de metas que faça o mapeamento dos imóveis e conceda incentivos financeiros aos proprietários a fim de que o Poder Público não tenha que arcar com todos os gastos. E aí podemos estudar mecanismos permitindo empresas se tornarem parceiras do projeto.

Sobre termos um centro cultural (ou lona) em cada distrito é outra ideia fantástica e que há tempos em defendo. Penso que Muriqui, Conceição de Jacareí e a Serra do piloto carecem de um trabalho nesse sentido que muito enriqueceria a convivência entre as pessoas e o turismo, gerando novas oportunidades de lazer, entretenimento e instrução. Logo, a escolha dos locais fará uma enorme diferença, principalmente se forem lugares agradáveis, acessíveis e com algum atrativo para visitação.

No caso do Centro Ferroviário de Cultura de Itacuruçá (item 10.6), o qual funciona na antiga estação de trem, temos ali não somente um prédio de interesse histórico como um ambiente que atrai visitantes. Porém, é possível encontrarmos outros locais mais agradáveis para a convivência do que ali, fazendo com que a casa passe a ter a função de "guardar fotos e documentos relativos à arte e à cultura do município", sem fechar as portas para o público.

Igualmente, as bibliotecas poderão proporcionar aos moradores de cada distrito um contato maior com a literatura, as quais passariam a ter um controle das estantes de livros previstas no item 10.13, sendo que estas que já existem há alguns anos no Município. Contudo, é certo que a modernização desses espaços se fará necessária já que a tendência é que possamos proporcionar também o contato com novas mídias próximas aos ambientes de leitura, sendo sugestivo tal projeto andar de mãos dadas com o idealizado "Museu da Pessoa de Mangaratiba" (item 10.8).

As ruínas do Sahy não podem ficar esquecidas pois se tratam de uma preciosidade turística e cultural que temos bem perto da rodovia Governador Mário Covas (BR-101), sendo, pois, um lugar acessível à maioria dos munícipes e turistas. É uma área que não pode permanecer abandonada e nem destruída aos poucos pela ação do tempo ou dos vândalos.

Além disso, o item 10.9 tem o potencial de mudar radicalmente uma área que está se transformando com lojas e novas unidades habitacionais, mas que carece de um espaço público para eventos, convívio social, preservação da memória histórica e valorização da cultura afro. Até porque o Sahy já foi um antigo mercado de escravos que abastecia as lavouras de café do Vale do Paraíba com mão-de-obra no século XIX.

Valorizar inciativas do passado (item 10.15), mesmo tendo pertencido a gestões anteriores, será um diferencial importante de um governo que, ao invés de impor o novo sobre o antigo, buscará harmonizar o passado com o presente, construindo o futuro. Pois significa reconhecer que outros trabalhos deram certo lá atrás, mas não tiveram continuidade por motivo de desinteresse, relaxamento ou pura vaidade de um sucessor. Daí a ideia de reativação da fábrica de banana será bem vinda para um governo comprometido com uma gestão séria para a cidade (10.10).

Quanto à orquestra, seria outra iniciativa que pode contribuir para o refinamento cultural da nossa população, dando aos munícipes a oportunidade de terem contato com a música erudita que poucos conhecem ou estimam nas gerações mais novas. Não custará caro para o governo dar esse apoio a um trabalho que tanto engrandecerá Mangaratiba.

Um jornalzinho sobre cultura que circule periodicamente nas versões física e virtual poderá ajudar na divulgação dos eventos. E para tanto será fundamental que seja assegurado a todos um acesso gratuito para anunciar os seus trabalhos e escrever artigos de opinião sobre a área cultural da cidade.

Em relação às feiras, as quais foram também tratadas em temas anteriores, temos aí uma grande oportunidade para desenvolver o Município, gerando trabalho e renda para a população. É algo que foi iniciado em julho deste ano e que terá continuidade mesmo com outra uma mudança de governo em novembro.

Mais do que nunca, Mangaratiba precisa aprender a olhar para frente e desenvolver uma política cultural que contribua tanto para dignificar os seus moradores como também desenvolver o turismo da maneira sustentável como desejamos. Pois será um ambiente social sadio e de nível elevado que atrairá um público selecionado de visitantes que tanto queremos receber por aqui.

Ótima sexta-feira a todos!

terça-feira, 17 de julho de 2018

Um espaço que poderia ser o Centro Cultural de Muriqui



No final da tarde desta terça-feira (17/07), fazendo uma breve caminhada pela Praia de Muriqui, fiquei refletindo sobre o não aproveitamento do espaço do antigo Lions Clube...

Adquirido pelo Município e utilizado para aulas de zumba em 2016 (na época administrado pela Fundação Mário Peixoto), eis que o lugar hoje se encontra fechado. Por dentro, a situação do imóvel ainda é muito pior, havendo a visível necessidade de uma reforma no telhado, conforme pude verificar entrando por dentro do CECAP. Chega a dar dó!



No entanto, não podemos nos conformar com a realidade atual e devemos sonhar com algo melhor para a nossa cidade, sendo que a recuperação deste espaço não somente atenderia às demandas da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (as formaturas das turmas do CECAP poderiam ser bem ali ao lado e não mais no Iate Clube) como também satisfaria às várias reivindicações da sociedade local de Muriqui. Isto porque poderíamos ter ali palestras, audiências públicas, reuniões dos movimentos sociais, exposições, novamente as aulas de dança que havia em 2016, dentre outras atividades mais.

Devemos considerar que Muriqui carece de um espaço cultural tal como já existe no Centro do Município e em Itacuruçá, que são respectivamente o Centro Cultural Cary Cavalcante e o Centro Cultural Ferroviário.

Ademais, segundo informações trocadas num dos grupos das redes sociais com a historiadora Miriam Bondim, eis que bem perto dali situava-se a sede do antigo Muriqui Praia Clube, instituição esta nascida em 1949, ano da criação do Distrito. E o local das fotos acima corresponderia à velha quadra de esporte do clube, o que justifica mais ainda a proposta tendo em vista a possibilidade de um resgate histórico. 

Portanto, fica aqui a minha sugestão para que o assunto seja melhor debatido em nossa cidade até porque o CECAP encontra-se em obras e estas poderiam incluir a reforma do prédio do antigo Lions. Logo, torna-se sugestivo que a Prefeitura não só analise a ideia como também consulte á população sobre os seus anseios.

Ótima noite a todos!

domingo, 12 de maio de 2013

A falta que faz um espaço cultural em Muriqui



Muriqui, o 4º Distrito de Mangaratiba, é uma localidade bem expressiva em termos de população. Tanto de residentes quanto de turistas. Foi abençoado com uma linda praia, é cercado pela exuberante Mata Atlântica e possui uma deliciosa cachoeira no outro lado da BR-101. Além de dispor de um campo de futebol e de agradáveis praças, suas ruas planas são convidativas para um passeio de bicicleta e as águas calmas da baía de Sepetiba instigam a prática de diversas atividades náuticas. Porém, quando chove, não há mais nada para se fazer exceto alugar um filme na locadora e ficar em casa olhando de cara pra TV.

Foi pensando nesta necessidade que cheguei à conclusão de que precisamos ter em Muriqui um bom espaço de cultura localizado num imóvel próximo ao centro distrital capaz de promover lazer, entretenimento, informação, conscientização ambiental, manter viva a memória histórica da região, dar oportunidade a novos talentos, incentivar atividades artísticas e musicais, leitura de livros e jornais, etc. Ou seja, seria um lugar onde as pessoas não apenas possam se distrair num meio coberto como também aprenderem mais da vida e conviverem entre si.

De acordo com a legislação municipal, caberia à Fundação Mário Peixoto (FMP) desenvolver um projeto desses que pode contar com parcerias estabelecidas com a iniciativa privada e entidades da sociedade civil a exemplo das ONGs e da associação de moradores. Isto porque a FMP tem as seguintes finalidades como consta no site da Prefeitura na internet:


  • - Administrar, planejar, recuperar, restaurar, e propugnar pela conservação e utilização do Patrimônio arqueológico, histórico, turístico, arquitetônico, cultural, paisagístico, científico e ecológico do Município de Mangaratiba;
  • - Administrar os bens de propriedade ou colocados sob sua guarda, ainda que abriguem outras entidades;
  • - Restaurar e propugnar pela conservação, por todos os meios, do patrimônio cultural e natural do Município, solicitando, sempre que cabível, o tombamento, a restrição de uso, a desapropriação ou qualquer outro procedimento legal que possibilite a consecução deste objetivo;
  • - Exercer a fiscalização e apoiar necessariamente no licenciamento, com parecer final, de qualquer espécies de projetos, construções, restaurações, acréscimo, modificações e quaisquer alterações em áreas e locais formalmente protegidos;
  • - Incentivar e promover atividades e manifestações culturais de acordo com os interesses e tradições do Município;
  • - Destinar recursos visando a restauração do patrimônio particular de valor comprovado, quando impossível ou desaconselhável a desapropriação ou aquisição;
  • - Prestar serviços à entidades públicas ou privadas e organismos internacionais;
  • - Prover o Município de Mangaratiba de acervo de dados e informações necessárias ao conhecimento e acompanhamento da realidade física, econômica, social, ambiental e histórica do Município, especialmente para fins de planejamento.

Por outro lado, nada impede que moradores e pessoas interessadas de Muriqui tenham alguma iniciativa de tomar essa providência ao mesmo tempo em que fazemos as reivindicações. Um espaço cultural pode nascer através de pequenos movimentos que começam ocupando qualquer lugar disponível. Tudo aquilo que vier a ser valorizado e potencializado irá beneficiar o distrito, permitindo que futuramente se torne até uma atração turística.

Como muitos devem saber, Itacuruçá tem o seu espaço cultural na antiga estação ferroviária do distrito, o que considero muito proveitoso. Então, por que Muriqui também não pode ter o seu? Abracemos esta ideia!