quinta-feira, 3 de março de 2016

Um abaixo-assinado ao MP contra abusos da AMPLA...




Na data de ontem, o pessoal do grupo do Facebook "Mangaratiba Combatendo a corrupção com Renovação" decidiu lançar um abaixo-assinado pedindo providências ao Ministério Publico contra os abusos cometidos pela concessionária distribuidora de energia elétrica AMPLA S/A que atende ao nosso esquecido Município.

Em março do ano passado, eu havia postado aqui neste blogue o artigo Precisamos de uma ação civil pública contra a AMPLA! informando que, na cidade vizinha de Angra dos Reis, o MP havia tomado esta medida para defender o interesse da coletividade do lugar. Tratou-se do processo n.º 0004991-20.2014.8.19.0003, distribuído para a 1ª Vara Cível da comarca angrense, chegando a obter uma liminar favorável (embora depois suspensa pelo Tribunal de Justiça no recurso de agravo de instrumento n.º 0003904-04.2015.8.19.0000 pela sua 23ª Câmara Cível).

Tal demanda, ainda no primeiro semestre de 2015, sofreu um declínio de competência para a Justiça Federal por causa do ingresso da ANEEL nos autos, sendo o processo lá o de nº 0500120-59.2015.4.02.5111 (numeração interna 2015.51.11.500120-8). E a ação ainda aguarda julgamento definitivo, permanecendo nos cidadãos a expectativa de que uma solução se concretize. Seja por meio de sentença ou de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), o qual seria um acordo entre as partes envolvidas.

Entretanto, mesmo que a sociedade de Angra ainda esteja aguardando a Justiça resolver o problema, entendo que vale a pena o MP tomar uma providência semelhante em favor de Mangaratiba que sofre com problemas praticamente idênticos de queda de energia, demora no restabelecimento no serviço, oscilações na rede que causam danos elétricos nos aparelhos dos consumidores e suspensão de importantes atividades do hospital quando falta luz. Aliás, já era para a Procuradoria Geral do Município ter feito algo em conjunto com as Promotorias de Justiça de Tutela Coletiva de Angra dos Reis cuja competência territorial inclui as três cidades da Costa Verde mais Itaguaí.

Sendo assim, quero demonstrar todo o meu apoio à proposta desse abaixo-assinado e sugiro aos interessados que façam contatos através da rede social do Facebook com os seus organizadores no mencionado grupo de debates que surgiu por lá desde 2015. Segue o texto já prontinho para "copiar" e "colar": 


EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) PROMOTOR(A) DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DO NÚCLEO DE ANGRA DOS REIS

Nós, cidadãos e amigos de Mangaratiba infra-assinados, viemos, por meio desta, solicitar providências do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro contra a concessionária de distribuidora de energia elétrica Ampla S.A. em razão da má prestação do serviço em nosso município. Há anos temos sofrido com frequentes oscilações, quedas e picos de energia elétrica causando sérios prejuízos à população mangaratibense em suas atividades diárias e profissionais. Inclusive no serviço público municipal de saúde, uma vez que diversos equipamentos necessitam de energia elétrica para o seu funcionamento. É notório que a concessionária tem atuado em desconformidade com normas constitucionais e leis federais que tratam sobre a adequação do serviço de concessão e com os direitos básicos do consumidor, além de provocar prejuízo econômico aos usuários quando a energia demora a ser restabelecida em virtude da insuficiência do número de equipes de emergência para Mangaratiba. Sabemos que, no ano de 2014, esta Promotoria ajuizou uma ação civil pública em face da Ampla a fim de que fossem adotadas medidas necessárias para o fornecimento contínuo de energia elétrica para todo o município vizinho de Angra dos Reis e entendemos que algo semelhante precisa ser realizado em favor de Mangaratiba. 

Confiando que providências sejam tomadas com urgência em favor da nossa municipalidade, subscrevemo-nos, aguardando deferimento.

Mangaratiba, 02 de março de 2016.

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Vamos participar desse momento, pessoal! O problema pode parecer algo crônico no Município, assim como o abastecimento precário de água da CEDAE. Porém, precisamos nos organizar e pressionar de todas as maneiras possíveis para que seja dado um basta nesses descasos.

Uma ótima quinta-feira para todos!


OBS: Ilustração acima extraída de http://www.comofazer.org/wp-content/uploads/2013/05/Modelo-de-Abaixo-Assinado-250x181.jpg

domingo, 21 de fevereiro de 2016

O uso de crotalária no combate ao mosquito da dengue




Neste final de semana, andei verificando que o nosso município possui uma interessante norma jurídica que versa sobre a utilização de métodos naturais de combate à dengue. Trata-se da Lei n.º 750, de 13 de outubro de 2011, a qual criou o projeto "Plante uma Crotalária" até hoje aguardando ser posto em prática pelas nossas autoridades locais.

Embora eu não seja biólogo ou um especialista no assunto, resolvi pesquisar no Google por minha conta sobre esse interessante vegetal já utilizado em outras cidades do país e como seria o seu uso no combate do mosquito transmissor da dengue, bem como de outras doenças. Descobri que a planta, além de auxiliar na recuperação do solo, atrai libélulas, que, por sua vez, combatem naturalmente o Aedes aegypti. Isto porque as libélulas colocam seus ovos em água limpa e, assim como o mosquito da dengue, destes ovos originam as larvas predadoras das larvas do Aedes. Além disso, o inseto, em sua fase adulta, também se alimenta do vetor da dengue.

Sem pretender excluir os trabalhos de localização e de eliminação dos focos do Aedes aegypti, penso que a nossa prefeitura deveria elaborar um projeto de controle biológico, através do plantio das crotalárias, executando suas ações o quanto antes. Nem que seja incentivando a população a fazer o cultivo dentro de quintais, jardins, vasos e terrenos baldios, conforme previsto expressamente no caput do artigo 2º da referida lei.

Além disso, pode-se promover o plantio de crotalárias nas escolas públicas, o que seria extremamente educativo, bem como "nas margens de rios, riachos, praças, canteiros e avenidas", segundo já consta no texto legal. Neste caso, a Prefeitura apenas estaria incluindo a especie entre as que já são utilizadas nos trabalhos regulares de ornamentação da cidade, aplicando-a no paisagismo dos nossos logradouros públicos. E para isso, temos um horto municipal!

De acordo com o Dr. Anthony Érico Guimarães, PhD, pesquisador titular do Laboratório de Díptera Entomologia do Instituto Oswaldo Cruz - IOC/Fiocruz, no Rio de Janeiro (RJ), e especialista em Aedes aegypti, esse mosquito transmissor de doenças possui "hábitos domésticos", picando as pessoas de preferência durante o dia, principalmente nas primeiras horas da manhã ou no final da tarde. E aí, se pensarmos bem, o cultivo residencial de crotalárias poderá estar ajudando na proteção da nossa saúde muito embora não seja a planta quem mate o mosquito e sim as libélulas  (Ordem Odonata), também conhecidas popularmente como zigue-zague, lavadeira, lava-bunda, cavalo-de-judeu e jacinta. Ou seja, estaríamos diante de um possível controle indireto do mosquito, podendo se mostrar eficaz ou não. 

Logicamente que somente o cultivo das crotalárias, por si só, não resolverá o problema da dengue que, como se sabe, tem razões educacionais. Pois a todo momento os telejornais e as campanhas de conscientização mostram que os criadouros do Aedes estão localizados dentro e nas proximidades das casas. Desse modo, como o morador é o responsável principal, deve ele mesmo eliminar todos os recipientes capazes de armazenar água, como os pratinhos sob os vasos das plantas, pneus, garrafas, tampinhas de garrafas, latas e similares. Já aqueles recipientes que não podem ser eliminados, tais como caixas d’água, reservatórios, calhas, bandejas de aparelhos de ar condicionado e de geladeiras, fossos de elevadores, ralos entupidos, dentre outros, recomenda-se que sejam examinados e tratados semanalmente. Pois sendo o reservatório sempre bem lavado e escovado, com trocas semanais da água, as eventuais larvas do mosquito dificilmente atingirão a fase adulta.

Assim, fica a minha proposta para que a Prefeitura Municipal de Mangaratiba inclua o incentivo ao cultivo da crotalária no combate à dengue e de outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, dando eficácia à nossa Lei Municipal n.º 750/2011. Pois, certamente, será algo muito mais proveitoso para a coletividade (nem que seja por embelezar a cidade) do que a ineficaz utilização de carros fumacê ou de qualquer outro aparato para pulverização de inseticida em áreas urbanas.


OBS: Ilustração acima extraída de uma notícia da Prefeitura Municipal de Pompeia (SP), a qual, exemplarmente, tem distribuído sementes de crotalárias, conforme consta em http://pompeia.sp.gov.br/noticia/2170/prefeitura-distribui-leguminosa-que-combate-a-dengue.html

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Uma ouvidoria para a Guarda Municipal




Durante a última reunião do Conselho Comunitário de Segurança, ocorrida nesta quinta-feira (18/02), propus que fosse criada uma ouvidoria da Guarda Municipal, algo que já se encontrava previsto na Lei Federal n.º 13022/14 - o Estatuto Geral das Guardas Municipais. Sancionada há quase dois anos pela presidenta Dilma, esta norma jurídica determina o seguinte no inciso II de seu artigo 13, sendo meu o destaque em negrito:

Art. 13.  O funcionamento das guardas municipais será acompanhado por órgãos próprios, permanentes, autônomos e com atribuições de fiscalização, investigação e auditoria, mediante:  
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II - controle externo, exercido por ouvidoria, independente em relação à direção da respectiva guarda, qualquer que seja o número de servidores da guarda municipal, para receber, examinar e encaminhar reclamações, sugestões, elogios e denúncias acerca da conduta de seus dirigentes e integrantes e das atividades do órgão, propor soluções, oferecer recomendações e informar os resultados aos interessados, garantindo-lhes orientação, informação e resposta.

Embora inicialmente eu houvesse pensado num órgão para acolher as demandas dos cidadãos quanto aos serviços prestados pela Guarda (no sentido de criar um novo e eficiente canal de comunicação com o público), eis que o tema da ideia coincidiu com a determinação contida no texto legal. E, pelo que consta, o prefeito precisa estar atento quanto à criação dessa ouvidoria de olho no biênio de adaptação do caput do artigo 22 e contando-o a partir de 11/08/2014 (data da publicação). 

A meu ver, a exigência pode se tornar uma oportunidade para termos uma ouvidoria de qualidade capaz de atender não só presencialmente como também através do meio telefônico e na internet. Nesta hipótese, o sistema permitiria não só o envio de textos como de imagens, gerando imediatamente um registro de protocolo para posterior acompanhamento pelo interessado.

Com a aprovação dos candidatos do concurso que está sendo realizado este ano, acredito que, bem antes do final de 2016, será possível termos essa ouvidoria colocando-a em funcionamento. Basta que o atual prefeito tenha interesse de fazer as coisas acontecerem. Portanto, fiquemos de olho.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Oportunidades com a baixa temporada




Tendo se encerrado neste último domingo (14/02) a temporada do Carnaval, eis que, para muitos comerciantes dos balneários de Mangaratiba, as possibilidades de ganhos significativos no semestre parecem ter ficado restritas aos últimos fins de semana de verão. Há quem diga que mesmo o feriado da Semana Santa não costuma ser tão movimentado quanto os da atual estação, muito embora a sua ocorrência este ano se dará em março.

Acontece que o fim da alta temporada pode também significar uma tremenda oportunidade para alavancarmos o tão desejado turismo de qualidade em todos os distritos de Mangaratiba. Pois, se refletirmos bem, o público que invade as nossas praias nos finais de ano e Carnaval exclui a vinda de muitas pessoas que gostaríamos de receber na nossa cidade.

Em meu artigo Turismo gastronômico: uma potencialidade a ser desenvolvida em Mangaratiba de 31/03/2014, apontei umas das opções para o município se preparar. Na ocasião, sugeri que,

"Tanto o Poder Público quanto os empresários de Mangaratiba poderiam estar aproveitando a estrutura já existente de restaurantes e de bares afim de direcioná-la para eventos de culinária. Pois, ao invés de cada empreendedor trabalhar sozinho em seu estabelecimento, todos podem se unir somando forças para que sejam criadas programações na cidade e nos distritos com cardápios específicos em cada local, os quais, por sua vez, seriam previamente divulgados através de um calendário mensal elaborado pela Prefeitura (...) a gastronomia pode agregar valor ao turismo em Mangaratiba, ocasião em que estaríamos buscando atrair um público mais específico que ainda desconhece os encantos desta terra. Ao contrário do verão, em que os comerciantes ganham com a quantidade, investiríamos então na qualidade. E aí, se todos forem unidos, o sucesso de uma empresa contribuirá para levantar a outra"

Para chegar a esse nível, entendo que a cidade precisa se direcionar de corpo e alma para novos objetivos. Lembro que, nos dias 23 a 25 de outubro do ano passado, tivemos na Praia de Muriqui o incrível festival de jazz e blues. Infelizmente, choveu pra valer naquele final de semana e a divulgação no ambiente físico do 4º Distrito deixou a desejar, só que, ainda assim, foi um sucesso. Finalmente, conseguimos receber aquele público capaz de agregar valor ao turismo de uma cidade. 

Uma pena que tais visitantes não se tornaram frequentadores do Município pois vieram somente na ocasião. Se houver outro evento, talvez voltem a Muriqui, mas pude perceber que não se sentiram atraídos especificamente pelo lugar por diversas razões. Por exemplo, recordo que um casal de Maricá reclamou de não ter encontrado um estabelecimento que lhes vendesse um café expresso. E, de fato, não temos aqui opções para um público refinado. Até as coisas servidas próximas ao palco do show não tinham muito a ver com os interesses da maioria dos presentes.

Há quem diga que é o comerciante quem cria ou define o público que deseja receber, algo que, em parte, considero. Pois são os produtos, a postura no atendimento, o estilo de musica tocada, a decoração do estabelecimento e a higiene do ambiente que, por exemplo, criarão um elo de identidade com o consumidor. E aí, se ao invés de vender latão por R$ 5,00 (cinco reais), um restaurante oferecesse cerveja importada de qualidade, ou mesmo uma artesanal de Campos do Jordão, será que não atrairíamos grupos mais selecionados de turistas?

Por outro lado, reconheço que o próprio comerciante torna-se um refém da situação atual. Eu mesmo trabalho com uma marca popular de sorvetes, a qual até uns dois ou três anos era vendida nos trens da Supervia ao preço de R$ 1,00 (agora os camelôs da Zona Oeste carioca já trazem um picolé mais barato fabricado em Antares que lhes custa R$ 0,50). Porém, se eu vendesse Kibon em Muriqui, como era até umas décadas atrás na praia, estaria dando murros na ponta de uma faca. Isto porque faltaria mercado que me permitisse trabalhar apenas com um produto mais refinado.

Assim sendo, acredito que havendo consenso e união dos empreendedores (inclusive dos ambulantes cujas atividades interferem nos preços praticados pelo comércio), poderemos aos poucos ir mudando a cara do turismo em Mangaratiba a partir da baixa temporada e aproveitando o restinho de calor nas últimas semanas de verão. Por sua vez, a Prefeitura teria que cumprir com a parte dela através de políticas públicas ao incentivar bons eventos, capacitar os donos dos pequenos negócios, zelar pela qualidade dos serviços, melhorar a fiscalização, promover a adequada limpeza dos ambientes urbanos, dentre inúmeras outras coisas que se tornam condições necessárias para o desenvolvimento do turismo num município.

Um ótimo recomeço a todos depois do Carnaval!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Sobre os ônibus de Angra para Niterói (da Costa Verde)




Absurdo a linha Angra dos Reis X Niterói, operada pela viação Costa Verde, não possuir seção no nosso município!

Além do mais, se o passageiro vai até à rodoviária da cidade vizinha de Itaguaí, na expectativa de tomar o ônibus para Niquiti, ele corre o risco de não conseguir embarcar, caso o veículo já esteja com todas as poltronas ocupadas. Isto porque o site da empresa não disponibiliza a compra de passagens antecipadas de Itaguaí para Niterói cobrando o preço mais barato de R$ 27,00 (de Angra pra lá custa praticamente o dobro). O pagamento é feito com o motorista no veículo junto com o embarque, o que deixa os usuários em situação de vulnerabilidade.

Tendo em vista a importância do turismo para toda a Costa Verde (não apenas Angra e Paraty), considero fundamental que esse problema seja sanado e que a tal linha passe a ter seção também em Mangaratiba, mesmo que os ônibus deixem os usuários daqui na BR-101, na altura da Praia do Saco. E para tanto o DETRO precisa tomar as providências cabíveis...

Todavia, é fundamental que se torne possível a reserva da passagem em todos os locais onde haja seção. Ora, a empresa não pode se voltar apenas para os usuários que vão pra Angra ou Paraty e pagam o valor inteiro da tarifa, sendo que os mangaratibenses e os itaguaienses também têm o direito de usar essa linha de maneira plena.

Que tal reivindicarmos isso?!


Imagem: Angranews 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O respeito ao comércio numa localidade turística




Desde o dia 20 de novembro de 2012 que venho me dedicando ao comércio em Muriqui, trabalhando com a venda de sorvetes na praia. Não se que seja esta a minha vocação, mas, sim, por uma circunstancial questão de necessidade.

Nesses 38 meses de contínuo labor, tenho aprendido muita coisa e passado a compreender o outro lado de uma profissão. Senti na pele e no bolso o que é depender de uma economia sazonal bem como de um público que nem sempre sabe reconhecer os serviços prestados pelo comércio local. As pessoas que vêm curtir o feriado numa cidade praiana trazem de casa quase tudo o que consomem e ainda reclamam dos preços, achando que devemos entregar a nossa mercadoria pelos mesmos valores massificados da região metropolitana.

Num lugar pequeno e sem outro aparelho produtivo que não seja o turismo, nem sempre se aplica a lógica de que, com a redução da margem de lucro, o comerciante ganhará mais aumentando o volume de suas vendas. Pois, se o consumidor fica satisfeito comprando uma certa quantidade de mercadorias baratinhas (geralmente produtos de alimentação), tendo condições de pagar um preço um pouquinho mais elevado, obviamente que ele não precisará momentaneamente do mesmo tipo de produto. E ainda assim reclamará dos preços porque estes dificilmente serão competitivos em relação a uma grande loja nos centros urbanos. 

O fato é que qualquer comerciante tem os seus custos operacionais, além do direito ao ganho do próprio trabalho. Desde o dono de uma barraca de cachorro-quente até o proprietário de um super mercado, todos pagam algo para abrir as portas. E, num lugar essencialmente turístico como é Mangaratiba, o empresário necessita ganhar num dia movimentado aquilo que irá manter o seu negócio funcionando na maior parte do ano, quando então só será possível contar com a diminuta população residente cujo poder aquisitivo costuma ser baixo.

Penso que o visitante deve sempre ser bem tratado, receber produtos/serviços de qualidade, mas também precisa ter responsabilidade eco-social quando viaja para uma zona turística. Trata-se, pois, de uma questão de ética porque tem a ver com o sustento e a dignidade da população do lugar. Daí impactar o modo de vida dos moradores locais e explorar o trabalho alheio acaba se tornando uma atitude vil capaz de perpetuar a pobreza nas comunidades ao invés de contribuir para melhorar as condições de vida do ser humano.

Acredito que esse deva ser um dos motivos pelo qual o turismo não se desenvolve tanto em Mangaratiba quanto na maior parte do país. Pois, juntamente com a inércia do Poder Público, temos a má educação do brasileiro durante as suas viagens. Porém, se as pessoas passarem a ser instruídas e conscientizadas para respeitarem os direitos do comerciante/morador de uma localidade visitada, pode ser que, em algum dia, a situação mude. E, neste sentido, os governos federal, dos estados e dos municípios podem contribuir decisivamente por meio de campanhas comunicativas nas épocas de temporada.

Portanto, fica aí minha sugestão para que, na nossa querida Mangaratiba, tenhamos uma campanha de valorização do comércio local a fim de que a qualidade dos serviços prestados melhorem e estes sejam satisfatoriamente remunerados.

Um ótimo final de semana a todos!


OBS: A ilustração acima trata-se de uma foto da praia de Muriqui a qual encontrei no portal da Prefeitura de Mangaratiba.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Nossas praias não podem ficar sem os valorosos salva-vidas!




Tenho notado neste verão a ausência das equipes de guarda-vidas que ficavam acampados na praia de Muriqui como na imagem acima disponibilizada para divulgação que, se não me engano, refere-se ao ano de 2012..

Tudo bem que tem chovido nos últimos dias e os balneários de Mangaratiba se esvaziaram. Porém, o verão ainda não terminou e houve ocasiões em que nossas praias ficaram lotadas de banhistas. Aliás, o Carnaval está chegando e até o comecinho de abril tem dias quentes e ensolarados.

Considero super importante que, nas praias de frequência mais intensa, haja ao menos uma dupla de agentes da Defesa Civil pronta para socorrer o público. Pois, ainda que as águas da Baía de Sepetiba sejam mansas, sempre há riscos de ocorrer um afogamento, um banhista passar mal ou uma criança sofrer queimadura de água-viva. Aliás, sabemos que a maior parte das ocorrências parece se concentrar em Itacuruçá e Muriqui, devido à densidade populacional.

Sendo assim, fica aí a minha sugestão ao prefeito Dr. Ruy Tavares Quintanilha a fim de que volte a colocar em Muriqui e nas principais praias do Município equipes de salva-vidas.

Como esse é o meu primeiro artigo do ano neste blogue, desejo aos leitores um feliz 2016.