Refletindo sobre os problemas relacionados à escassez hídrica e à demanda energética, observo que chegou o momento dos governos criarem novas políticas públicas quanto à habitação social. É preciso que as prefeituras prestem orientações técnicas para o cidadão poder adaptar as suas moradias e pequenos comércios conforme os padrões ambientais recomendáveis.
No meu ponto de vista, seria um equívoco achar que todas as tecnologias ecológicas sejam caras. A todo momento, os jornais noticiam pequenas invenções, inclusive experiências caseiras sobre pessoas que criaram maneiras para o aproveitamento das águas pluviais, aquecimento e iluminação solar, diminuição do consumo hídrico, aproveitamento das águas já utilizadas, substituição do gás metano pelos biodigestores, etc.
Se bem refletirmos, muitas dessas sugestões podem também proporcionar alguma economia de dinheiro ao cidadão humilde. No caso dos biodigestores, soube recentemente que uma entidade paraestatal tem ajudado moradores de áreas rurais do Nordeste brasileiro quanto à utilização dessa fonte alternativa de geração de energia. Graças ao projeto, o dinheiro que antes era usado quanto para a aquisição do bujão do gás de cozinha, agora pode ser destinado para suprir outras necessidades da família (ler a íntegra da matéria Projeto transforma esterco de boi em gás metano no Agreste da Paraíba no portal do G1):
"O biodigestor consiste em um reservatório onde os agricultores depositam o esterco e misturam com água. Em seguida, o material vai para uma caixa maior e fechada, que concentra o gás produzido pelo esterco. De lá o gás vai direto para o fogão. O material que sobra do processo ainda gera adubo."
Como sabemos, já existe a obrigatoriedade do governo municipal fazer a captação de águas pluviais nas escolas públicas de Mangaratiba, segundo dispõe o texto da Lei n.º 853, de 07 de maio de 2013. Por sua vez, o Projeto de Lei n.º 17/2015, de autoria dos vereadores Zé Maria e Charles da Locadora, ambos do PSB, pretende instituir o "Programa Municipal de Conservação e Uso Racional da Água e Reuso em Edificações", tendo por objetivo adotar medidas que induzam à conservação, uso racional e utilização de fontes alternativas para a captação de água e reuso nas novas edificações, bem como a conscientização dos usuários sobre a importância da conservação da água. Caso aprovado, os bens imóveis do Município de Mangaratiba, bem como os locados, deverão ser adaptados no prazo de cinco anos!
Pensando sobre a rotina da escassez hídrica que sofremos no verão, o armazenamento da água de chuva pode amenizar a situação do nosso Município. Ainda que o seu uso venha a se destinar para a faxina, descarga do vaso sanitário ou regar o jardim da residência, já representa alguma economia. Pois, como sabemos, nos dois últimos verões, tanto Mangaratiba quanto outras cidades brasileiras sofreram com a falta de água. E, devido a essa necessidade, devemos despertar para a importância de promover conscientemente a utilização dos recursos hídricos e combater o desperdício.
Assim, acredito que, através de soluções simples e baratas, será possível proporcionar aos nossos munícipes economia de recursos financeiros, mais qualidade de vida e menor impacto sobre o meio ambiente. Algo que a natureza agradece e o nosso bolso também.
Um ótimo final de semana a todos!
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